Acirp divulga expectativa do comércio para Black Friday e Natal
Levantamentos da entidade mostram que 64,7% dos empresários de Ribeirão têm boas ou ótimas expectativas para as datas e que 18.568 novos postos de trabalho devem ser criados
Os empresários estão otimistas com a chegada do fim de ano e os consumidores devem ter boas oportunidades de compra nesta sexta-feira, 25, durante a Black Friday.
A conclusão é de um estudo exclusivo conduzido pela Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) junto aos lojistas sobre a expectativa do comércio para as datas comemorativas de novembro e dezembro, consideradas as principais para o varejo.
A pesquisa foi feita por meio de formulário eletrônico pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi da Acirp e apontou que 64,7% dos entrevistados têm boas ou ótimas expectativas para Black Friday e Natal; 28,2% média e apenas 7,1% ruim. Entre os entrevistados, 38% disseram ainda que devem realizar contratações temporárias para o fim de ano.
Na amostra, 52,9% declararam que irão conceder com certeza descontos na Black Friday. Os descontos planejados variam entre 5% e 50% ou mais. O foco das promoções para 38,8% dos empresários serão os descontos no preço dos produtos. Outros 29,4% planejam oferecer melhores opções de pagamento nessa data e 18,8% devem montar kits, premiar com brindes ou dar cupons aos clientes.
As empresas das categorias de moda, acessórios, calçados, celulares e eletrônicos e serviços são aquelas que mais farão promoções na Black Friday. O ticket médio por cliente - quanto cada consumidor vai gastar com produtos - deve ficar em torno de R$ 150 a R$ 300.
“Bater perna” ou buscar na rede?
A maioria dos participantes revelou que utiliza lojas físicas para ofertar essas barganhas, sendo que as categorias que mais adotam esse canal são moda, acessórios e calçados, seguido de comidas e bebidas.
“Quem pretende comprar presentes, antecipar algo da ceia ou trocar o guarda-roupa deve considerar nesta sexta também percorrer o comércio presencial para aproveitar o que esses lojistas vão trazer”, explica Carlos Ferreira, gestor de Relações Institucionais e Marketing da Acirp.
Lojas virtuais, sites e aplicativos foram mais recorrentes como canal de venda entre empresas dos setores de serviços e celulares e eletrônicos.
Os meios de divulgação de venda mais utilizados por todos, entretanto, serão digitais - uma tendência da pandemia que veio para ficar. “Apps de mensagem estão no topo das preferências dos lojistas, mostrando que clientes cadastrados na base desses empresários devem receber primeiro as ofertas. Vemos assim que a fidelização do consumidor ganhou um destaque importante nos negócios da cidade”, afirma Ferreira.
WhatsAPP e Telegram serão o principal distribuidor de conteúdos promocionais para 35,5% dos lojistas. As redes sociais como Instagram são opção de outros 34,5% e o telefone ou email, para 16,8% - apenas 8,6% devem utilizar carro de som ou outras mídias de publicidade tradicionais como rádio ou TV e 4,5% outras ferramentas.
A amostra apresenta margem de erro de 10%, considerando o intervalo de confiança de 95%.A coleta de dados foi realizada entre os dias 04/11/2022 e 20/11/2022 com metodologia de perguntas estimuladas (feitas através de uma lista que é passada para os participantes escolherem algumas das alternativas).
Empregos de final de ano em alta
Um outro levantamento feito pelos pesquisadores do Instituto de Economia Maurílio Biagi com base na série histórica de 2002 a 2021 aponta a geração de 18.568 novos postos de trabalho em Ribeirão Preto.
Com relação às admissões temporárias, projeta-se que cerca de 788 vagas serão criadas nos meses de novembro e dezembro no setor de comércio e serviços em Ribeirão Preto, um aumento de 5,28% se comparado ao mesmo período do ano anterior.
A taxa média histórica de crescimento do número de admissões nos setores de comércio e serviços da cidade dos últimos 20 anos é calculada a partir dos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).
“Os novos postos no período em análise este ano são atribuídos e relacionados principalmente aos aumentos sazonais da demanda devido às datas como Black Friday e Natal. Após a pandemia, houve uma reestruturação do mercado de trabalho em 2021, que apesar da retomada em 2022, impôs uma velocidade mais lenta para a criação de empregos.” aponta Lucas Ribeiro, analista de estudos econômicos da Acirp.
Fotos: Revide