Alta da gasolina beneficia indústria da região de Ribeirão Preto

Alta da gasolina beneficia indústria da região de Ribeirão Preto

Neste ano, as vendas de etanol cresceram 50% na comparação com 2014

O preço da gasolina foi reajustado em 6% na última semana e em alguns postos de Ribeirão Preto o combustível já está custando mais do que R$ 3,30 o litro. Essa elevação nos preços da gasolina pode influenciar na economia da região, mas não de maneira negativa, justamente o contrário.

Com a alta dos combustíveis fósseis, o etanol se torna mais atrativo para o consumidor, embora também tenha sofrido com a elevação dos preços, o que beneficia as usinas sucroenergéticas da região e empresas que produzem equipamentos para essa indústria, como é o caso de Sertãozinho.

Em levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na última semana o biocombustível foi comercializado em alguns locais a R$ 2,19.

Mesmo assim, o preço do etanol só custa 66,3% do cobrado pela gasolina, quando a própria ANP diz que o biocombustível perde competitividade quando ele está custando mais de 70% desse valor. Em julho de 2015, as vendas de etanol cresceram 50% na comparação com o mesmo período do ano anterior, por exemplo.

Os economistas da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace) acreditam que “o fim da política de redução do preço da gasolina para controlar a inflação ajuda na recuperação do setor sucroalcooleiro”. Eles também afirmam que o processo de depreciação do real, com a elevação do preço do dólar, ajuda a sustentar o preço da gasolina no mercado nacional em um cenário de queda do preço internacional do petróleo.

Os economistas apontam que em 2015, as vendas do etanol estão mostrando recuperação por ter ultrapassado a marca de 1,5 milhão de litros do combustível vendido no sétimo mês deste ano, situação que não ocorria desde janeiro de 2014.

“As usinas têm melhorado a situação, sobretudo via aumento da quantidade vendida e, caso os preços da gasolina se mantenham nos patamares atuais, a tendência será de recuperação do setor, mesmo que de forma lenta”, aponta a Fundace em relatório.

Revide On-line
Leonardo Santos
Foto: Arquivo Revide/Mayke Toscano/Gcom-MT
 

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