Comércio de Ribeirão Preto espera alta de 1,5% nas vendas de maio
Dia das Mães, Agrishow e Ribeirão Rodeio Music impulsionam otimismo moderado no setor; tíquete médio deve variar entre R$ 200 e R$ 300 por presente
Levantamento realizado pelo SINCOVARP (Sindicato do Comércio Varejista) e pela CDL RP (Câmara de Dirigentes Lojistas), por meio do CPV (Centro de Pesquisas do Varejo), projeta aumento de 1,5% nas vendas do comércio de Ribeirão Preto em maio de 2025, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Segundo o estudo, o otimismo moderado é motivado por três fatores principais: a realização da Agrishow, que nesta edição recebeu 197 mil visitantes — ligeiramente acima dos 195 mil registrados em 2024; o Ribeirão Rodeio Music, que também atraiu grande público da região; e o Dia das Mães, considerada a segunda data mais importante do calendário varejista.
“Passada a Agrishow, que pegou os dois primeiros dias de maio, agora devemos ter um pico de vendas até domingo, 11, Dia das Mães. Depois disso, a tendência é de forte acomodação até o fim do mês”, afirma Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador do CPV SINCOVARP/CDL RP.
A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) também projeta crescimento no setor, com aumento de 1,9% nas vendas para o Dia das Mães em todo o país, movimentando cerca de R$ 14,37 bilhões.
Intenção de compra
Com base em dados da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), SPC Brasil e Offerwise, o CPV estima que 81% dos consumidores de Ribeirão Preto pretendem comprar presentes para o Dia das Mães, um índice ligeiramente superior à média nacional, estimada em 78%. O tíquete médio deve variar entre R$ 200 e R$ 300 por presente.
Ainda segundo o levantamento, 69% dos consumidores percebem que os preços estão mais altos neste ano. Do total de entrevistados, 39% pretendem gastar mais do que em 2024, 37% planejam manter o mesmo valor e 16% devem gastar menos.
Produtos mais procurados
A pesquisa da CNC indica que a cesta típica de consumo para o Dia das Mães apresenta uma alta média de 5,8% em 2025, ante os 2,5% registrados no ano anterior. Os maiores aumentos foram identificados em joias (+33,7%), chocolates (+21,5%) e perfumes (+9,8%). Outros itens com grande expectativa de venda incluem roupas, calçados, acessórios, flores, artigos de decoração, eletrônicos e eletrodomésticos. O setor de bares e restaurantes também deve registrar aumento na movimentação.
Locais de compra
Conforme dados da CNDL/SPC Brasil/Offerwise, 80% dos consumidores devem realizar suas compras presencialmente, em lojas físicas. No ambiente digital, 45% planejam comprar ao menos um presente online — desses, 73% utilizarão aplicativos, 69% acessarão sites e 28% farão compras por meio do Instagram.
Cenário macroeconômico
Apesar das projeções positivas, Diego Galli Alberto ressalta que o atual cenário macroeconômico pode limitar o crescimento nas vendas.
“O consumidor vem perdendo poder de compra e muitos estão priorizando o pagamento de contas. A inflação, a alta da taxa de juros, os níveis elevados de inadimplência e o endividamento das famílias continuam gerando incertezas. Essa estimativa de maio possui viés de estabilidade e pode até mesmo registrar retração, a depender do comportamento mais cauteloso do consumidor”, conclui.
Foto: Arquivo Revide
