Especialista dá dicas sobre o que fazer com o saque do FGTS
Especialista dá dicas sobre o que fazer com o saque do FGTS

Especialista dá dicas sobre o que fazer com o saque do FGTS

Benefício irá injetar aproximadamente R$ 40 bilhões na economia brasileira

De acordo com dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o saque das contas inativas do FGTS irá injetar aproximadamente R$ 40 bilhões na economia brasileira.

A medida dá seguimento a uma série de ações governamentais que visam recuperar a economia nacional, sem comprometer a receita da União no futuro.

Neste sentido, o saque das contas inativas do FGTS cumpre o papel esperado. De modo que não compromete o equilíbrio do próprio fundo, uma vez que serão usados recursos que pertencem aos trabalhadores e que não recebem movimentações há pelo menos três anos.

Para se ter uma dimensão do impacto da medida, a Fecomercio informa que o faturamento anual do varejo no Brasil é hoje de pouco mais de R$ 1,5 trilhão e o volume de crédito total hoje disponibilizado para as pessoas físicas também beira os R$ 1,5 trilhão. Dessa maneira, o aporte de R$ 40 bilhões na economia representa mais de 2,5% de todo volume de faturamento do varejo ou do volume de crédito para a pessoa física no país. 

O professor Sérgio Sakurai, do departamento de Economia da FEA-RP, contudo, encara o incremento na economia de uma forma mais branda. "Do ponto de vista da economia como um todo, este recurso até pode ajuda-la a se aquecer, mas será um efeito muito pequeno. Em primeiro lugar, porque é um recurso que chegará às pessoas somente uma única vez, e em segundo lugar, muitas pessoas farão uso do mesmo para quitar dívidas, e não para consumir", comenta Sakurai.

Dicas para o trabalhador

O trabalhador que sacar seus recursos inativos, que em quase 90% dos casos são inferiores à R$ 3.500, poderá investir na sua poupança ou quitar dívidas.

O professor Sakurai dá dicas de como gerir o benefício. "A melhor utilização do saque depende muito da situação em que a pessoa está, mas o ideal é ser conservador porque este recurso não virá de forma permanente, e sim apenas uma vez", orienta o professor.

Sakurai ainda detalha possíveis utilizações do dinheiro. "Se a pessoa alguma dívida, em especial, se for no cartão de crédito ou cheque especial, em que as taxas de juros são muito altas, o ideal é quitá-la o quanto antes. Caso ela não tenha, o ideal é que a pessoa poupe o máximo, por um motivo simples: a economia ainda está em uma situação muito difícil e as pessoas devem estar preparadas para lidar com um possível desemprego formando poupança", esclarece o economista.


Foto: Pixabay

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