Faltam 5 mil empregos em Ribeirão Preto, aponta Acirp
Especialista aponta que empreendedorismo é o principal caminho a ser seguido

Faltam 5 mil empregos em Ribeirão Preto, aponta Acirp

Estudo mostra que déficit de vagas formais de trabalho em comparação com população economicamente ativa aumentou nos últimos 10 anos

Está faltando emprego em Ribeirão Preto. É o que aponta estudo da Associação Comercial e Industrial (Acirp), que mostra que o déficit entre a criação de empregos e o crescimento da população economicamente ativa - formada por pessoas entre 20 e 64 anos de idade - nos últimos 10 anos é de mais de 5,2 mil postos de trabalho.

A análise leva em consideração o cruzamento dos dados de emprego do Ministério do Trabalho com as projeções populacionais feitas pelo Seade. Segundo os economistas responsáveis pelo estudo, o principal impacto sobre a disponibilidade de empregos foi a recente crise que se abateu sobre a economia brasileira.

“Entre 2014 e 2016, o saldo acumulado de empregos cai de maneira significativa”, aponta o estudo, que ainda diz que essa parcela da população tem migrado para o mercado informal ou investindo no próprio negócio, como o engenheiro Afonso Basilio, que desde que se formou na universidade ganhou a vida como bolsista de um curso de mestrado e vendedor autônomo.

Afonso conta que não fez muita questão em ingressar no mercado formal de trabalho, por acreditar não se enquadrar no próprio perfil.

“Não fazia sentido eu depender de alguém para trabalhar ou oferecer algum trabalho. Isso foi motivado um pouco por conta da área, que estava baixa na época em que me formei, e isso me permitiu pensar em alternativas”, afirma o engenheiro, que diz que não se vê inserido na área de formação nos próximos anos, pois está satisfeito com o caminho que seguiu.

“Desta forma, tenho uma perspectiva de ter a renda que depende mais do meu esforço de trabalho, e que pode crescer proporcionalmente a isso. Buscar trabalho com alguém foi algo que deixei de lado”, completa.

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O consultor e professor do Centro Universitário Moura Lacerda Murilo Carneiro, blogueiro no Portal Revide, acredita que esse é o caminho, e diz que os jovens têm de entrar de cabeça no empreendedorismo.

“Poucos pensam nisso. Mas tem outros caminhos fora do emprego formal. E o empreendedorismo é o principal, isso porque, o emprego formal só vai retornar após passarmos definitivamente pela crise, porém, até lá, temos de sobreviver”, comenta.

Carneiro indica que os principais setores para se investir são relacionados ao de serviços, a partir da capacitação em cursos técnicos, além disso, ele aponta que existem modelos de micro-franquias que podem ser baratos com custo a partir de R$ 5 mil.


Foto: Julio Sian/ Arquivo Revide

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