Mesmo com crise da pandemia, número de novas empresas cresce 17% em Ribeirão
Para Ediane Carolina Peixoto, a nova fase de empreender começou no dia 24 de junho do ano passado

Mesmo com crise da pandemia, número de novas empresas cresce 17% em Ribeirão

Economista diz que número é significativo para o município, mas é preciso acompanhar a evolução desses negócios

Apesar da crise da pandemia, Ribeirão Preto teve um aumento de 17,6% no número de empresas abertas na cidade. No final de 2019, existiam 101.801 empresas no município, que encerrou 2020 com 119.772 negócios abertos. E, apenas no mês de janeiro de 2021, já são 1.806 novas empresas abertas, segundo dados do sistema Empresômetro, ferramenta on-line de inteligência de mercado ligada ao Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).

O economista Edgard Monforte Merlo, que é professor associado da FEARP/USP, destacou a importância desses números para Ribeirão, mas ressaltou que é preciso acompanhar a evolução desse cenário. "Devemos verificar após um ano, quantas dessas empresas ainda continuarão a existir, pois muitas das que surgem em momentos de crise têm maior dificuldade para sobrevivência. Também pode estar acontecendo o fenômeno de transformar a contratação de funcionários em prestação de serviços, nesse caso muitas empresas surgem para oferecer os serviços que antes eram realizados por empregados registrados. Como o fenômeno é muito recente, ao longo desse ano que poderemos avaliar melhor o que está ocorrendo de fato”.

Para Ediane Carolina Peixoto, a nova fase de empreender começou no dia 24 de junho do ano passado, quando abriu a “Para-Ti Brigadeiros”. Tudo começou quando a paralisação na pandemia possibilitou ela de planejar, estudar e abrir o seu próprio negócio.

Sendo professora da rede municipal de educação de Ribeirão Preto, ela estava afastada da escola por motivos pessoais, e quando retornaria ao trabalho, foram decretados o isolamento social e o ensino remoto simultaneamente. “A pandemia me possibilitou passar o plano de ideias para o de ações, aproveitei essa oportunidade e estudei muito. Pude também contar com a assessoria do Sebrae, o que me trouxe uma maior segurança para abertura da empresa”, afirma Ediane. Além disso, devemos considerar toda e qualquer demanda reprimida, já que muitos setores tem assistido a falta de insumos.

Segundo o economista, com a retomada das atividades, surgem oportunidades. "Nesse último aspecto, teremos que observar o desempenho da economia e o andamento dela durante esse período. Esperemos que não tenhamos novamente situações graves com a pandemia. Se as autoridades conseguirem manter algum controle e avançarmos na vacinação pode ser que tenhamos um crescimento maior da economia no segundo semestre”.

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Foto: Arquivo Pessoal

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