Para secretário, Sertãozinho sairá da crise antes do País

Para secretário, Sertãozinho sairá da crise antes do País

O secretário de Indústria e Comércio de Sertãozinho, Carlos Liboni, acredita que as usinas voltarão a investir no aumento da capacidade tecnológica das indústrias

O secretário de Indústria e Comércio de Sertãozinho, Carlos Liboni, acredita que a crise pelo qual as empresas do município estão passando é um “remédio necessário para a correção de rumos”. Em carta publicada na última semana no site da prefeitura, Liboni afirma que Sertãozinho começa a vislumbrar a saída da crise antes do resto do País.

A crise nas empresas metalúrgicas de Sertãozinho atinge a cidade desde 2011. Um dos principais motivos dos problemas enfrentados pelos empresários foi a queda na demanda do etanol, que deixou a produção nas usinas de cana-de-açúcar ociosa, o que afetou a demanda por equipamentos para equipá-las, atingindo os pedidos realizados na indústria local.

Liboni acredita que a volta do crescimento do consumo do biocombustível, que aumentou 40% em 2015, pode ajudar a impulsionar a indústria local. “Uma conjuntura que lentamente se modifica e promete boas safras à frente. Certamente, este novo panorama que vai se consolidando não trará resultados tão imediatos quanto gostaríamos para as indústrias de base, mas já começa a modificar o nível de confiança dos empresários e investidores”, alerta.

No documento, o secretário aponta que é um “novo ciclo” que está se iniciando para economia do município, já que, de acordo com ele, começam a aumentar os investimentos para ampliação da capacidade das usinas, que se deterioraram nos últimos anos.

“Acreditar na inovação de produtos e processos, e investir em talentos são boas apostas. Mas, sem esperar o protecionismo do Estado, sempre muito sedutor que, ao invés de amparar, nos ilude. Fazer mais com menos, buscar competitividade nos detalhes, treinar e oferecer transparência aos colaboradores nos projetos de longo prazo e, sobretudo, fora dos muros da empresa, lutar por políticas públicas justas e claras para nossas indústrias e para o setor”, conclui Liboni na carta.

Usinas de energia

Em entrevista concedida à Agência Estado nesta semana, o presidente da União dos Produtores de Bioenergia (UDOP), Celso Junqueira Franco, disse que a solução para o setor sucroenergético é o investimento em tecnologia, já que ele acredita que o etanol vai se manter competitivo por pelo menos 40 anos.

Franco afirma que, além de fabricarem o biocombustível, as usinas terão de produzir energia, apostando na eletricidade produzida a partir da biomassa do bagaço da cana, que ele acredita que possa representar 18% da energia elétrica da matriz do País.

Enquanto isso a produção de etanol cresceu 1,84% neste ano, segundo a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica). Foram 23,7 bilhões de litros do biocombustível.

Revide On-line
Leonardo Santos
Foto: Arquivo Revide

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