Repelentes começam sumir das prateleiras das farmácias
Ministério da Saúde pediu ajuda até para o Exército; Fabricante garante que produção aumentou mais de 1000%
As vendas de repelentez aumentaram tanto nas últimas semanas em Ribeirão Preto, devido ao medo do contágio do Zika vírus - além da dengue - pela picada do mosquito Aedes aegypti, que alguns farmacêuticos afirmam que não estão conseguindo suprir a demanda, porque a oferta dos laboratórios está baixa.
Na última segunda-feira, 14, a Secretaria Estadual de Saúde disse que investiga seis casos de microcefalia e sua relação com o Zika vírus. Entre eles, um caso está sendo investigado em Ribeirão Preto.
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O maior medo é que mulheres grávidas contagiadas com a doença possam passar o vírus para os bebês, o que seria uma das causas da malformação do crânio destas crianças, a microcefalia – relação confirmada pelo Ministério da Saúde.
A reportagem do Portal Revide entrou em contato com farmácias no município que vendem repelentes, e foi informada pelas lojas que houve aumento das vendas do produto desde quando começou ser relacionada a doença à microcefalia, no fim de novembro, porém ainda não há números concretos, embora os laboratórios fornecedores não consigam mais suprir a demanda dos repelentes.
Essa falta do produto no mercado fez com que o Ministério da Saúde anunciasse na última semana um pedido ao Exército para produção e distribuição de repelentes para mulheres grávidas, entretanto as Forças Armadas divulgaram nota explicando que não há condições de produzir o item em larga escala, e que para isso seria necessário investimentos em equipamentos novos para a produção.
O laboratório que produz um dos repelentes com mais eficácia contra o Aedes aegyptI , por oferecer proteção por mais tempo – aproximadamente 10 horas -, afirma que a produção do produto, cresceu mais de 1.100% para poder suprir a demanda neste período.
Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil