Ribeirão Preto registra a abertura de 27 novas empresas a cada dia, diz Empresômetro
Crescimento na abertura de empresas foi de 10% na comparação com o ano anterior; professor diz que é preciso planejamento

Ribeirão Preto registra a abertura de 27 novas empresas a cada dia, diz Empresômetro

Município fechou o ano com 102 mil empresas em funcionamento; especialista dá dicas para manter o negócio

Ribeirão Preto fechou o ano de 2017 com 102.841 empresas abertas, de acordo com o Empresômetro, do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O município foi o quarto no Estado com mais empresas abertas no último ano e apresentou um crescimento de 10% (o equivalente a 10 mil) na abertura de negócios em relação ao ano de 2016, que foi encerrado com 92,7 mil empresas abertas.

A cidade de São Paulo liderou o ranking com 1,7 milhão de empresas, seguida por Campinas (155,7 mil) e Guarulhos (125,8 mil). Atrás de Ribeirão Preto apareceu São Bernardo do Campo, com 85,6 mil empresas – em 2018 já foram abertas 1.344 em Ribeirão.

A grande quantidade de empresas em Ribeirão Preto comparada com outros municípios de mesmo porte é motivada pelo aumento de microempreendedores individuais (MEI). Segundo o Sebrae-SP, isso se dá pelo fato de muitas pessoas que perderam o emprego nos últimos anos resolverem abrir o próprio negócio, ou negócios que haviam sido fechados, que retomaram as atividades.

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No entanto, é preciso que o empreendedor tenha cuidado. De acordo com o próprio SebraeSP, seis a cada 10 empresas fecham após cinco anos de terem sido abertas. Para evitar esta situação, é preciso planejamento.

O professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) da Universidade de São Paulo (USP), e blogueiro do Portal Revide, Valdir Domeneghetti, aponta que dois erros não podem ser cometidos de jeito nenhum pelos empresários.

O primeiro é pegar empréstimos com bancos ou conhecidos, com juros elevados, sem planejamento. “Muitos que perderam o emprego nos últimos anos resolveram abrir a própria empresa. Mas agem por impulso e não analisam o mercado, os concorrentes e a viabilidade do produto, o que é um grande problema”, afirma Domeneghetti.

O outro problema, não menos importante, é confundir “Pessoa Jurídica” com “Pessoa Física”. “Muitos empresários erram ao fazer das duas contas apenas uma. Vai ter uma hora que ele não vai saber o que é dinheiro da empresa ou dinheiro dele próprio. A empresa pode estar dando prejuízo e ele continua tirando dinheiro dela, aí vai falir. Isso não pode ocorrer”, explica.

O professor ainda completa dizendo que o empresário, estando ciente destas duas situações, pode salvar a própria empresa e o emprego de muitos funcionários.


Foto: Prefeitura Ribeirão Preto/ FL Piton

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