
Para explorar as potencialidades regionais
Sebrae apresenta planos para desenvolvimento da Região Metropolitana de Ribeirão Preto baseado em projeto operacionalizado pelo Instituto Paulista de Cidades Criativas e Identidades Culturais (IPCCIC)
Após mais de um ano de pesquisa, diálogos e compartilhamento de informações, o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio a Pequenas e Microempresas) de São Paulo apresenta o planejamento estratégico e plano de ação de governança para o desenvolvimento da Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP). Os planos definem seis vetores de desenvolvimento regional: cooperação, meio ambiente, educação e cultura, estrutura produtiva, infraestrutura e Ciência, Tecnologia & Inovação. Cada um define uma macroestratégia que abrigará programas, projetos e ações alinhados ao perfil social, cultural e econômico dos 34 municípios do território mais Vista Alegre do Alto.
O Sebrae contratou o Instituto Paulista de Cidades Criativas e Identidades Culturais (IPCCIC) para operacionalizar o projeto. O trabalho foi iniciado em 29 de agosto de 2023 e organizado em cinco fases: a primeira, de diagnóstico, consistiu em visitas presenciais de técnicos do IPCCIC às cidades, para levantamentos de dados econômicos junto a parceiros, agentes públicos e privados; a segunda, na realização de seminários interativos; a terceira fase foi de elaboração e apresentação do Plano de Ação da governança, que indica as ações práticas para fomentar a melhoria do ambiente regional de negócios, criando condições para a economia criativa desenvolver suas potencialidades empreendedoras. Na quarta fase, o IPCCIC prestou consultorias com o objetivo de consolidar os investidores da região, por meio de visitas aos chamados stakeholders (pessoas, empresas ou instituições com interesse na gestão e nos resultados de um projeto ou organização, influenciando ou sendo influenciadas por ela); e a quinta consiste na apresentação de um plano de comunicação e marketing territorial pelo IPCCIC ao Sebrae.
“O Instituto Paulista de Cidades e Identidades Culturais realizou um estudo técnico abrangente, a partir do qual foi elaborado o Plano de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Ribeirão Preto. Para a implementação desse plano, também foi concebido um modelo de governança e um plano de comunicação e marketing territorial. Tudo foi pensado para ser implementado nos próximos quatro anos, de 2025 a 2028”, informa a presidente do IPCCIC, historiadora Sandra Molina.
O processo iniciado pelo Sebrae tem por objetivo engajar atores do poder público, da sociedade civil organizada, instituições de ensino e pesquisa, empresas e empreendimentos, tanto em nível local, como estadual, na realização de seu propósito principal: “transformar os pequenos negócios em protagonistas do desenvolvimento sustentável do Brasil”. “O Sebrae será um ator de conexão entre a governança e o empresariado. Esse plano de ação foca nas peculiaridades e potencialidades de cada município, mas sempre olhando para o desenvolvimento regional, que é onde nós ganhamos mais força”, afirma a porta-voz do Sebrae, Fabiana David.
Economia sustentável
Os planos preveem a adoção massiva de padrões e práticas ESG [da sigla em inglês para Governança ambiental, social e corporativa, que integra os Objetivos de Desenvolvimentos Sustentáveis da ONU para todos os países signatários], combinadas à implementação de inovações que promovam o enfrentamento das mudanças climáticas e demais desafios para o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios. Tal transição passará, invariavelmente, por processos de descarbonização, políticas públicas e marcos regulatórios que habilitem uma transformação sistêmica socioeconômica ambiental na RMRP.
Para tanto, foi construído um modelo de governança multinível em rede, que propõe arranjos horizontais de tomada de decisão, com cooperação entre entes federados e partes interessadas da sociedade civil.
Os seis vetores de desenvolvimento regional que norteiam o plano de desenvolvimento da RMRP – cooperação, meio ambiente, educação e cultura, estrutura produtiva, infraestrutura e Ciência, Tecnologia & Inovação – foram adotados a partir do reconhecimento das fragilidades e potencialidades da região, com foco no fortalecimento da resiliência econômica, social e comunitária. Buscou-se compreender também aspectos das identidades regionais, formadoras de opiniões e posicionamentos profundamente arraigados.
Como resultado, observou-se a perspectiva de que o turismo, a cultura, a economia, a natureza (setores ainda não potencializados) e o agronegócio (já potencializado entre as grandes empresas da área, mas com necessidade de maior incentivo entre os pequenos negócios) têm forte potencial para alavancar o desenvolvimento regional. Por outro lado, o maior potencial (turismo) também emergiu como a maior fragilidade, pois ainda carece de infraestrutura nos municípios e nos campos da comunicação, educação, cultura, hotelaria e planejamento.
Ao construir objetivos, estratégias, programas e projetos com foco nas transformações desejadas, o Sebrae espera resultados em curto, médio e longo prazos [veja quadro ao lado], como implementação de programas de educação não formal alinhados às necessidades e demandas locais, redes de Cidades Verdes e Cidades Educadoras e desenvolvimento territorial e regional impulsionando a prosperidade, por meio do empreendedorismo e inovação, com qualidade de vida e alinhado às potencialidades e identidades regionais.
RESULTADOS ESPERADOS
Curto prazo
• Governança multinível em rede implementada;
• Programas de educação não formal implementados, alinhados às necessidades e demandas locais.
Médio prazo
• Redes de Cidades Verdes e de Cidades Educadoras implantadas;
• Aumento das oportunidades de emprego e de desenvolvimento do empreendedorismo nas áreas de turismo e negócios sociais e criativos;
• Melhoria na qualidade de serviços e produtos ofertados na região.
Longo prazo (impactos na sociedade)
• Desenvolvimento territorial e regional impulsionando a prosperidade, por meio do empreendedorismo e inovação, com qualidade de vida e alinhado às potencialidades e identidades regionais;
• Organizações e governanças territoriais mais cooperativas e articuladas;
• Território com nova mentalidade sustentável adotando práticas ambientais responsáveis, com foco na qualidade de vida;
• Território reconhecido pelo trabalho educativo e cultural realizado pela Rede de Cidades Educadoras, com as referências identitárias e relação de pertencimento fortalecidas.
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