Ainda não há previsão para retorno das aulas na rede municipal de Ribeirão Preto

Ainda não há previsão para retorno das aulas na rede municipal de Ribeirão Preto

Secretaria de Educação informa que retorno às aulas não ocorrerá conforme calendário estadual, previsto para o dia 8 de setembro

As aulas na rede municipal de ensino de Ribeirão Preto seguem sem data prevista para retorno. Segundo a Secretaria de Educação, o município aguarda a estabilização nos índices de contágio da Covid-19 na cidade.

Segundo o secretário de Educação, Felipe Elias Miguel, a rede municipal não trabalha com a possibilidade de retorno no dia 8 de setembro, assim como estipulado pela rede estadual. Nessa sexta-feira, 28, por meio de um decreto, a prefeitura prorrogou até 30 de setembro a suspensão das aulas presenciais nas escolas públicas, e recomendou que as escolas particulares também sigam a recomendação. 

De acordo com a pasta, ainda não foi possível implantar os protocolos que estão sendo estabelecidos pelo Comitê Intersetorial. Os protocolos tratam do distanciamento entre alunos, higienização pessoal, sanitização de ambientes, protocolos de comunicação e convivência, entre outros temas. "Ainda não há possibilidade de retorno, mas a Pasta avaliará as datas de retorno estabelecidas pela rede estadual", declarou Miguel.

O município possui 108 escolas municipais e cerca de 47 mil estudantes matriculados. Para que o retorno seja autorizado, entre outros fatores, a administração pública deverá fornecer máscaras para todos os alunos, professores e profissionais da educação, além de álcool em gel, termômetros e Equipamentos de Proteção Individual diversos, como aponta o próprio secretário Felipe Miguel.

O secretário acrescenta que, além da validação dos protocolos, falta ainda para o município ter a certeza de que os índices de contágio da Covid-19 foram estabilizados.

Apesar das dificuldades, a rede municipal continua realizando o calendário estabelecido para aulas presenciais, com 200 dias letivos. Contudo, há uma deliberação do Conselho Nacional de Educação e legislação federal que desobriga o cumprimento dos 200 dias letivos. "No entanto, há necessidade de cumprimento de 800 horas letivas, ainda que essas horas sejam cumpridas parcialmente em 2021", concluiu o secretário

Estado

O Governo do Estado de São Paulo definiu para o dia 8 de setembro o retorno gradual dos alunos à rede estadual de ensino. Todavia, por meio de decreto, o Palácio dos Bandeirantes concedeu autonomia para os prefeitos decidirem se vão ou não acompanhar o cronograma previsto pelo Estado.

A Secretaria de Estado da Educação autorizou a abertura gradual das escolas nas cidades que estão na fase amarela do Plano São Paulo, em duas datas distintas. A partir do dia 8 de setembro, a retomada atenderia apenas alunos com mais dificuldade de aprendizado em atividades de reforço. A retomada efetiva, mas ainda gradual e restrita do calendário letivo, é prevista para 7 de outubro.

Mas o Secretário da Educação, Rossieli Soares, destacou que os prefeitos podem criar calendários próprios e planos mais restritivos, com base nos dados epidemiológicos regionais. Se uma eventual decisão municipal diferir do calendário proposto pelo Estado, a medida local valerá para todas as escolas públicas e privadas daquela cidade.

“Os municípios têm a possibilidade de fazer vetos por questões de saúde, mas todo o processo desenhado pelo Estado está mantido. Eles não podem autorizar a abertura das escolas antes do dia 8 de setembro”, disse. “Continuamos trabalhando em conjunto com os municípios e os protocolos anunciados nas últimas semanas”, reforçou.

Regras

Para retomar atividades presenciais a partir de 8 de setembro, as escolas devem estar em regiões que estão há 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo. As unidades podem receber alunos para aulas de reforço, recuperação e atividades opcionais.

Nesta primeira etapa, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, o limite máximo é de até 35% dos alunos em atividades presenciais. Para os anos finais do ensino fundamental e ensino médio, o limite máximo é de 20%.

O retorno oficial das aulas é previsto para 7 de outubro, o que só ocorrerá se 80% das regiões estiverem por 28 dias seguidos na fase amarela do Plano São Paulo. A retomada será gradual e, na primeira etapa, vai atingir até 35% dos alunos.

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Foto: Agência Brasil

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