Cientistas do mundo inteiro se mobilizam em defesa da ciência
Neste sábado, 22, ocorre em mais de 600 cidades no planeta a Marcha Pela Ciência
O dia 22 de abril, este sábado, é lembrado como o início da conquista portuguesa sobre o território brasileiro, e também é o Dia da Terra, marcado para que as pessoas tenham consciência dos recursos que o planeta disponibiliza e como preservá-lo. Mas há mais um motivo para a movimentação no dia: a Marcha Pela Ciência.
O movimento é global, ocorre em quase 600 cidades em todo o planeta, em 60 países diferentes. O foco principal são nos Estados Unidos, onde surgiu o movimento, em repúdio ao presidente norte-americano, Donald Trump, cujos idealizadores acusam de tomar decisões sem embasamento científico. Ainda assim, a ação ocorre em cidades brasileiras, também, e no interior do Estado de São Paulo, o único movimento acontece em São Carlos.
A marcha, que visa dar maior visibilidade à ciência, já que eles apontam que na atualidade grande parte dos políticos estão tomando decisões se opondo a ela, tem cinco princípios fundamentais:
1 - A ciência serve ao bem comum
2 - Educação científica de ponta
3 - Pela comunicação científica aberta, honesta e ao alcance do público
4 - Por políticas e regulamentos de interesse público baseados em evidências
5 - Pelo financiamento das pesquisas científicas e suas aplicações
Além disso, o movimento paulista definiu outros dez pontos a serem defendidos, como:
1 - Valorização da ciência e do cientista
2 - Pelo desenvolvimento e pela soberania do país
3 - Maiores investimentos para pesquisa e carreira acadêmica
4 - Mais contratações para Institutos de Pesquisa
5 - Maior investimento em ensino de ciências nas escolas brasileiras
6 - Por mais direitos para pós-graduandas e pós-graduando
7 - Pelo financiamento da ciência
8 - Pela volta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
9 - Pela divulgação ampla e democrática de ciência
10 - Contra a política de juros altos e cortes na ciência
Em São Carlos, os manifestantes se concentram na Praça dos Universitários; já na Capital, o movimento será no Largo da Batata, a partir das 14h.
Como movimento principal é contra Donald Trump, a principal manifestação ocorre em Washington, capital norte-americana, já que Trump já realizou uma série de declarações em que defende que o aquecimento global não existe, além de cortar verbas para pesquisas científicas.
No Brasil, entidades científicas cobram mais investimentos em pesquisa e na carreira acadêmica, mais divulgação do trabalho dos cientistas e pesquisadores e maior profusão do conhecimento nas escolas.
Imagem: divulgação