Sertanezinos voltam a vencer olimpíadas de exatas

Sertanezinos voltam a vencer olimpíadas de exatas

Já está virando rotina a afinidade de alunos de Sertãozinho com os números; 14 estudantes de Sertãozinho foram medalhistas das Olimpíadas Brasileiras de Física das Escolas Públicas

A rotina de ser premiado pelos números não parece ter fim em Sertãozinho. Além de resultados expressivos nas Olímpiadas Brasileiras de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), como o Portal da Revide mostrou em dezembro do ano passado, (veja link abaixo) os estudantes sertanezinos têm repetido a dose nas Olimpíadas de Física (Obfep).

Estudantes demonstram afinidade com os números

Em premiação realizada em São Carlos, quase 10% dos estudantes que receberam as medalhas de ouro, prata e bronze das mãos do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo (PC do B), estudam em escolas de Sertãozinho, ou seja, 14 dos 150 medalhistas presentes na cerimônia.

Além da prova que o esforço está sendo confirmado e das medalhas, os jovens voltaram para casa com algo mais na bagagem: a experiência de conviver com pessoas de outros lugares do Estado, e o fato de conhecer um ministro de estado.

“Foi uma experiência muito gratificante. Assim como meus colegas, eu estudei e me preparei e por isso acho que todos nós fomos merecedores dessa premiação”, afirma Auri Guiotti, hoje no 1º ano do ensino médio, mas vencedor da medalha de prata pela prova realizada no ano passado.

Apesar disso, Auri, que na época do exame estudava na Escola Municipal Professor Roberto Zanutto Desidério, acredita que poderia ter se esforçado mais para conquistar o ouro. O estudante, que pretende cursar física quando entrar na universidade, acredita da dedicação dos professores para o resultado, que o faz ter “grande interesse em conhecer as ‘causas e por quês’ do universo. Sempre fui muito curioso quanto a isso”.

Outro aluno que também teve o esforço reconhecido foi Túlio Marques, que em 2014 era aluno da Escola Municipal José Negri, a mesma que foi destaque na reportagem sobre as conquistas na Obmep, e que frequenta o Top 30 em qualidade entre as instituições públicas brasileiras, por propor aulas extras aos estudantes.

Medalhista de bronze, Túlio aponta que essas aulas foram importantes para o desempenho, e que ficou com um gosto de “quero mais”, confiante que poderá mudar a cor do metal que carrega no peito.

“Foi bem legal participar da premiação, tinha pessoas de vários lugares diferentes e bem distante de onde eu moro. Foi bem importante para eu ver que estava entre aquele pessoal e perceber que tenho potencial para ir mais longe, porque eu era um dos mais novos que estavam lá”, ambiciona Tulio.

O garoto sente que tem facilidade em resolver problemas mais difíceis e por isso o interesse pela física cresce. “Nunca descanso enquanto eu não resolver o tal exercício”, exalta o também aluno do 1º ano do ensino médio, que pretende seguir carreira na área de exatas.

O mesmo caminho não é descartado pela colega de turma de Tulio, a estudante Diandra Bernardo. A garota conta que o gosto pela física veio de forma natural, já que acompanha o fascínio pela matemática.

“O estudo dessas disciplinas é muito incentivado. Na escola que eu estudava quando participei da olimpíada, a José Negri, os professores ensinavam muito bem a física, que é uma coisa complicada”, afirma Diandra.

A medalhista de ouro na Obfep, Beatriz Harumi, pretende seguir carreira na área de engenharia, no qual vê semelhanças com física, principalmente porque os professores da escola em que estudou no ensino fundamental apresentaram um trabalho em comum.

“Gosto de física porque sempre tive facilidade em aprender matemática, e a física tem bastante matemática envolvida, já que ela pode ser aplicada em situações diferentes dentro dessa disciplina”, opina Beatriz.

Assim como Leonardo Ungareli, que recebeu uma medalha de bronze, e diz que a resolução de problemas matemáticos o ajudou na competição, por achar fascinante as “diversas maneiras” de se resolver um exercício.

“O gosto pela física é porque tenho um pouco de facilidade em matemática, então fica mais fácil. O professor também se esforçou bastante ensinando a gente”, completa Leonardo, que ainda não sabe se vai seguir carreira na área de exatas.

Revide Online
Leonardo Santos (Colaborador)
Fotos: Divulgação e arquivo pessoal

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