
Projeto Aprendiz da Justiça capacita jovens de Ribeirão para o mercado de trabalho
Programa do TJ-SP, em parceria com empresas e instituições, vai selecionar jovens em situação de vulnerabilidade social
Com o objetivo de capacitar jovens de Ribeirão Preto que vivem em situação de vulnerabilidade, o Tribunal de Justiça de São Paulo fez uma parceria com a Prefeitura Municipal, instituições e empresas para realizar o programa Aprendiz da Justiça na cidade.
O convênio local foi firmado com a Fundação de Educação para o Trabalho, o Senac, a Justiça do Trabalho e as Usinas Bazan e Bela Vista.
Durante dois anos, 60 jovens atuarão na Comarca de Ribeirão Preto sob orientação do juiz Paulo Cesar Gentile, da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso de Ribeirão. “Nosso objetivo é que eles aprendam a utilizar o sistema para, futuramente, poderem ser contratados por escritórios de advocacia", ressaltou Gentile. Cada ofício judicial da comarca receberá dois aprendizes.
Os jovens serão remunerados pelas usinas parceiras do projeto. “As usinas têm a obrigação legal de contratar aprendizes para atender a legislação trabalhista, mas, pelo trabalho que desenvolvem, não conseguem adequar as necessidades do trabalho protegido dos aprendizes à sua realidade. Desta forma, as usinas vão remunerar esses aprendizes que serão contratados por elas, mas vão desenvolver suas atividades no Fórum de Ribeirão Preto”, explicou Gentile.
Entre os jovens que participarão, 50 serão jovens assistidos pela Fundação Casa inseridos em medidas socioeducativas de privação de liberdade e semiliberdade do município. Os outros 10 adolescentes serão selecionados entre os acolhidos pelo Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes em Situação de Vulnerabilidade e Risco Social. A experiência começa em fevereiro.
A Prefeitura de Ribeirão Preto que será responsável pela seleção dos jovens e o Senac fará capacitação por meio de aulas teóricas, que ocorrerão uma vez por semana durante os dois anos de duração do projeto.
Projeto começou em 2019
Na Capital, o Tribunal de Justiça iniciou, em 2019, o programa "Jovem Aprendiz", em parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), responsável pela formação teórica dos aprendizes. A corte paulista selecionou, pelo intermédio de juízes da Infância e Juventude, 14 adolescentes de abrigos da cidade para terem a primeira experiência de trabalho.
O projeto, desenvolvido pelo CIEE e pelo Ministério do Trabalho, permite que empresas que necessitam cumprir a cota social, mas não possuem espaço para isso, financiem bolsas para que os jovens prestem serviços em outros lugares.
Foto: Arquivo Revide