Defesas de réus da Sevandija protocolam petição contra atuação de agente da PF
Petição aponta “parcialidade” de agente que realizou investigações na operação
Os advogados de defesa dos réus da Operação Sevandija entraram com uma petição conjunta na 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto alegando uma suposta parcialidade de um dos agentes da Polícia Federal que realizou as investigações.
A petição foi protocolada na tarde desta segunda-feira, 4. O documento pede o reconhecimento da parcialidade do agente cuja esposa atuou como assessora jurídica na Companhia Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto (Coderp) no período dos contratos investigados e, por isso, pede ao juiz da vara que retire do processo informações que tenham sido elaboradas pelo agente.
Segundo a advogada Josimary Vilhena, que defende o ex-secretário da Educação de Ribeirão Preto Ângelo Invernizzi Lopes, denunciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por fraude em licitação, a petição é técnica, não tem o intuito de atacar o agente, e o requerimento utiliza a documentação levantada ao longo da operação.
Em seu depoimento, no último dia 22 de novembro, Invernizzi afirmou que se sentia perseguido pessoalmente por ter sido envolvido na Sevandija. E o motivo seria o fato de um dos agentes da PF que realizou as investigações, Luiz Janones, ser casado com uma ex-funcionária da Coderp e da Cohab, com quem o ex-secretário alega já ter tido divergências.
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Além disso, outros réus na Sevandija disseram que sofreram perseguição política ao serem denunciados e investigados.
Sobre esta situação, a Polícia Federal informou que instaurou um procedimento disciplinar para apurar as acusações feitas. Por meio de nota, a PF diz que não se pronunciará pelo caso, embora afirme que investiga a informação.
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Foto: Amanda Bueno
