Polícia Federal apura se houve interferência política na Operação Sevandija
Réus chegaram a dizer que “sofreram perseguição política” ao serem denunciados e investigados

Polícia Federal apura se houve interferência política na Operação Sevandija

PF diz que abriu procedimento disciplinar para investigar acusações feitas pelas defesas de acusados em depoimentos

A Polícia Federal instaurou um procedimento disciplinar para apurar as acusações feitas pelos advogados de defesa dos réus da Operação Sevandija sobre uma suposta interferência política na ação.

Ao longo dos depoimentos da Sevandija, que ocorrem desde o fim do mês de outubro nos casos da Coderp-Atmosphera e dos honorários advocatícios referentes o processo dos 28,35%, alguns réus, entre eles os ex-vereadores Walter Gomes, Cícero Gomes e Samuel Zanferdini, chegaram a dizer que teriam sofrido perseguição política ao serem denunciados.

O motivo seria o fato de que um dos agentes da Polícia Federal que atuou nas investigações é casado com uma ex-funcionária da Cohab e da Coderp, que teria desavenças com alguns dos investigados. Porém, o Ministério Público acredita que seja uma estratégia da defesa para tentar deslegitimar o processo.

As advogadas Josimary Vilhena e Maria Claudia de Seixas, que defendem o ex-secretário Ângelo Invernizzi e o a ex-prefeita Dárcy Vera, respectivamente, apontam que as defesas estudam um requerimento questionando essa situação.

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Por meio de nota, a Polícia Federal diz que não se pronunciará pelo caso, embora afirme que apura a informação. “A Polícia Federal instaurou procedimento disciplinar para apurar as acusações feitas e não fará novos pronunciamentos até o desfecho desta investigação”.


Foto: Amanda Bueno

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