Justiça anula proposta da Câmara e cassação de sevandijas  deverá ser refeita
Parada desde 2016, cassação dos vereadores envolvidos na Sevandija deverá ser refeita pela Câmara de Ribeirão Preto

Justiça anula proposta da Câmara e cassação de sevandijas deverá ser refeita

Foi entendido que o Conselho de Ética não deu direito de ampla defesa para os vereadores envolvidos

A justiça anulou a proposta do  Conselho de Ética da Câmara dos Vereadores de Ribeirão Preto a respeito da cassação dos vereadores envolvidos na Operação Sevandija.

A determinação foi proferida pelo juiz Reginaldo Siqueira, da primeira Vara da Fazenda Pública de Ribeirão Preto, após análise do Mandado de Segurança dos ex-vereadores Bebé, Maurílio Romano e Samuel Zanferdini.

A anulação, contudo, não invalida totalmente a cassação. Os vereadores acusados de se envolverem nos esquemas de corrupção ainda podem perder os direitos políticos.

O juiz avaliou que não houve o direito de ampla defesa, com a chance para todos acusados se defenderem no Conselho de Ética da Câmara e, por isso, o processo deverá ser refeito.

Os ex-vereadores acusados de estarem envolvidos na Sevandija são: Walter Gomes, Samuel Zanferdini, Maurílio Romano, Cícero Gomes, Capela Novas, Genivaldo Gomes, Bebé, e Jiló.

Parado desde 2016, o processo deverá recomeçar do zero: será apreciado pelo Conselho de Ética, contará com a defesa dos envolvidos, ouvirá as testemunhas e, depois disso, será analisado pela justiça.

De acordo com o vereador Rodrigo Simões (PDT), presidente do Conselho de Ética na época, houve uma pressa por parte dos parlamentares para proferir a decisão. “Fizemos de tudo para que o processo andasse. Sabíamos que se mudasse a legislatura, correria o risco do processo não dar em nada”, declarou Simões.

Na ocasião, Samuel Zanferdini, Bebé e Maurílio Romano encaminharam à justiça um pedido de suspeição do processo. Isso significa que, para os três vereadores, Rodrigo Simões não era a pessoa indicada para conduzir o caso.

Em defesa, o vereador alega que a desconfiança não procede. “Na época, falaram que eu tinha interesses no partido de Maurílio, mas o pedido de suspeição não foi aceito pela Justiça. O único erro foi o Conselho não ter dado chance de defesa para as testemunhas”, afirma.

 


Fotos: Ibraim Leão

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