Justiça determina bloqueio de aluguéis recebidos por investigado na Sevandija
Contrato de locação foi encontrado em imóvel da filha de Sandro Rovani, na Operação Houdini

Justiça determina bloqueio de aluguéis recebidos por investigado na Sevandija

Quarta Vara Criminal afirma que dinheiro é proveniente de “fraude dos honorários”

A Justiça de Ribeirão Preto determinou o sequestro de bens em referência a alugueis de um imóvel do advogado Sandro Rovani, réu na Operação Sevandija. O imóvel foi alugado pela filha de Rovani, que recebia a quantia de R$ 6 mil ao mês.

A locação deste imóvel foi constatada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, e pela Polícia Federal durante um mandado de busca na casa da filha de Rovani, que está preso em Tremembé, desde março de 2017. O cumprimento do mandado fez parte da quarta fase da Sevandija, a Operação Houdini, no fim de maio.

Um contrato e uma procuração foram encontrados na ação da Polícia Federal, que aponta que o documento de locação data de janeiro de 2018. A Houdini apura suposta lavagem de dinheiro que teria sido praticada por Rovani e pelo advogado Marcelo Gir Gomes, que foi preso preventivamente. O Gaeco diz que o esquema da lavagem de dinheiro continuou após a deflagração da Sevandija, em setembro de 2016.

De acordo com a decisão do juiz da 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, Lucio Alberto Eneas da Silva Ferreira, os valores dos alugueis devem ser tratados “[...] como proveito (ou proventos) do crime, pois são recursos auferidos pela fruição do produto adquirido com o dinheiro ilícito”. A quantia recebida deve ser depositada em uma conta judicial.

O advogado de Sandro Rovani, Julio Mossin, afirma que o imóvel já estava bloqueado pela Justiça desde a deflagração da Operação, no entanto, desconhecia que estava alugado. Ainda assim, ele diz que não havia uma decisão que não permitia que fosse alugado, até porque os impostos sobre a residência continuam sendo cobrados, mesmo com o bloqueio, e precisam ser custeados.

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Foto: Reprodução

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