Justiça manda bloquear cinco imóveis ligados a Walter Gomes
Justiça mandar bloquear cinco imóveis ligados a Walter Gomes

Justiça manda bloquear cinco imóveis ligados a Walter Gomes

O ex-presidente da Câmara de Ribeirão está preso preventivamente desde dezembro

A 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto determinou o sequestro de cinco imóveis ligados ao ex-presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Preto, Walter Gomes, que desde dezembro está preso preventivamente em Tremembé, em decorrência da Operação Eclipse, a terceira fase da Operação Sevandija, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Federal.

O Ministério Público acusa Walter de integrar uma organização criminosa, participando das indicações políticas através de empresa de terceirização contratada pela Coderp, e de recebimento de propina. Segundo pedido feito pelo Gaeco, as análises da Polícia Federal e da Agência de Inteligência do Ministério Público apontaram que interceptações telefônicas e documentos apreendidos na terceira fase da Sevandija demonstram que o ex-vereador mantém imóveis em nome de outras pessoas, os quais não haviam sido alcançados pela medida de bloqueio de seus bens decretada em setembro de 2016, justamente por não estarem no nome do investigado.

Com a decisão, estes imóveis, mesmo registrados em nome de terceiros, foram também bloqueados. Entre os imóveis, estão dois apartamentos de luxo em área nobre de Ribeirão Preto e uma propriedade em Minas Gerais. Na decisão, foi ressaltado que o patrimônio declarado do ex-vereador sofreu aumento entre 2012 e 2016, de forma incompatível com seus vencimentos. De acordo com o Gaeco, o pedido feito à justiça procura assegurar, com essas medidas, o ressarcimento dos cofres públicos municipais pelos prejuízos desvendados na operação. Mas à decisão ainda cabe recurso. Os bloqueios podem ser mantidos até o final da ação penal, quando, então, devem ser vendidos para que o dinheiro seja.


Foto: Blanche Amâncio

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