Operação Sevandija: Justiça mantém conteúdo da delação de Wagner Rodrigues
Processo que investiga irregularidades em honorários advocatícios da Prefeitura na gestão Dárcy Vera
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) negou o pedido da defesa do advogado André Hentz para a suspensão da delação de Wagner Rodrigues, ex-presidente do Sindicato dos Servidores de Ribeirão Preto.
O despacho juiz Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira na quarta-feira, 6. O processo, da qual também fazem parte Darcy Vera, Marco Antonio dos Santos, Maria Zuely Librandi, investiga irregularidades na liberação dos honorários advocatícios dos 28,35%.
Na decisão, o juiz argumentou que a pertinência em manter ou revogar os benefícios concedidos ao delator se dá por iniciativa exclusiva da acusação.
“De toda forma, a credibilidade do conteúdo e a validade das provas produzidas a partir da delação podem ser exploradas e impugnadas pelos defensores sem restrições, cabendo ao julgador apreciar as razões por persuasão racional e de acordo com o livre convencimento.", determinou Ferreira.
A alegação da defesa de Hentz, que era advogado de Zuely Librandi, é de que o Rodrigues teria mentido em sua delação. No depoimento, o ex-sindicalista alega que adquiriu diversos veículos, com a aprovação de Sandro Rovani, também investigado na operação, que, de acordo com o Ministério Público, usaria a relação com o empresário para trocar cheques recebidos do escritório de Zuely,
O advogado alega que o dinheiro pago a ele se refere aos honorários advocatícios da ação que determinou que Zuely recebesse a quantia por ter vencido a causa dos 28,35%. "É uma completa mentira. Nunca houve reunião. Tanto, que o delator diz que cada hora ela teria ocorrido em uma data diferente. Isso é um indicativo de falta de credibilidade", declarou Hentz em matéria publicada pelo Portal Revide em novembro de 2017.
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