Anexo: Walter Gomes diz que assinatura em documento é falsa
Anexo: Walter Gomes diz que assinatura em documento é falsa

Anexo: Walter Gomes diz que assinatura em documento é falsa

Preso em Tremembé, o ex-presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Preto conversou com membros de CPI

Em conversa com o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a construção do prédio Anexo da Câmara Municipal de Ribeirão Preto, o ex-presidente da Câmara, Walter Gomes, preso em Tremembé, afirmou que a assinatura apontada pelos membros da comissão como irregular não é dele, e que autorizou o pagamento de R$ 4,8 milhões à construtora responsável pela obra e não os R$ 6,4 milhões gastos até agora.

Walter ainda afirmou que o documento apresentado pela Câmara, que teria sido assinado irregularmente por ele, por se tratar de um documento da Prefeitura, que autorizaria a participação da empresa que desenvolveu o projeto de engenharia e arquitetônico do prédio, é falsa, e que não assinou nenhum documento do tipo.

O ex-presidente da Câmara havia se negado a participar de oitiva com os vereadores membros da comissão, que foram até o município do Vale do Paraíba, porém aceitou conversar com o presidente da CPI, Otoniel Lima (PRB), e disse que no contrato autorizado por ele, como presidente da Casa, a obra custaria aos cofres públicos R$ 6,8 milhões, faltando apenas a instalação elétrica, mas que o prédio seria entregue pronto.

Entretanto, a empresa responsável pela obra afirma que é necessário um aditivo ao contrato para que o prédio seja concluído. Até o momento, foram gastos R$ 6,4 milhões, e a construção está parada, faltando uma série de detalhes para a conclusão, como os acabamentos do edifício.

Segundo Lima, o ex-vereador informou que até seu afastamento da Câmara, em setembro de 2016, por ser investigado pela Operação Sevandija, foram pagos R$ 4,8 milhões. O presidente da CPI afirmou que irá oficiar a Câmara para saber quem autorizou o pagamento do montante que resta.

A CPI informou que irá oficializar um cartório para averiguar a natureza da assinatura. De acordo com Lima, a conversa com Walter Gomes serviu para a “comissão ter uma outra visão para as investigações”, e que foi proveitosa para a manutenção do inquérito.


Foto: Guilherme Deodato

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