Após impugnação, Rodrigo Junqueira desiste de concorrer à Prefeitura de Ribeirão Preto
Anúncio da renúncia foi publicado nas redes sociais na sexta-feira, 30
Após ter o registro de candidatura impugnado pela Justiça Eleitoral, o engenheiro Rodrigo Junqueira anunciou que não irá mais concorrer à Prefeitura de Ribeirão Preto.
Em texto publicado nas redes sociais na sexta-feira, 30, Junqueira declarou que irá apoiar o candidato Fernando Chiarelli (Patriota). “Precisamos livrar Ribeirão Preto dos escândalos de corrupção e fazer uma devassa em todos os contratos vigentes da Prefeitura. Os nossos planos de governo têm muitos pontos em comum em diversas áreas e, por isso, o nosso apoio é do Sr. Fernando Chiarelli, do Patriota", declarou Junqueira.
No momento, a candidatura de Chiarelli segue indeferida, mas conta com recurso que será analisado pela Justiça. Na impugnação do registro de candidatura, o juiz declarou que Chiarelli não pagou uma multa por conta de uma condenação da própria Justiça Eleitoral e, por isso, está com os direitos políticos suspensos. Para poder pedir a reconsideração da decisão e concorrer nas eleições, Chiarelli precisou pagar uma multa no valor de R$ 73 mil.
Porém, apesar de ter pago a multa, o promotor Alexandre Marcos Pereira, do Ministério Público Eleitoral (MPE), solicitou o indeferimento do pedido de reconsideração da candidatura de Chiarelli. O documento foi encaminhado, na quinta-feira, 29, ao Juízo Eleitoral da 108ª Zona Eleitoral de Ribeirão Preto que apreciará a questão.
Entenda o caso
Rodrigo Junqueira pretendia concorrer pelo PSL, partido do qual era presidente do diretório municipal. A disputa teve início quando o diretório do PSL foi dissolvido por decisão do diretório estadual, presidido pelo deputado federal Junior Bozzela (PSL).
Após a dissolução, Bozzela nomeou um diretório municipal provisório, com o candidato a vereador, Caio Abraham, como presidente. A nova direção formou uma chapa com o MDB, indicando o nome do Capitão Del Vecchio (PSL) para ser o candidato a vice-prefeito na chapa com Cris Bezerra (MDB) em convenção. A dupla recebeu apoio do diretório estadual do PSL.
A ala autointitulada "bolsonarista" do PSL, da qual Junqueira faz parte, alega que a convenção do partido ocorreu fora dos trâmites legais. Por isso, a defesa do ex-candidato encaminhou recursos à Justiça, mas não obteve sucesso. O juízo da 108ª Zona Eleitoral de Ribeirão Preto, entendeu como nula a convenção que nomeou Junqueira como candidato e solicitou que seu nome fosse retirado das urnas.
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