Câmara aprova definitivamente agência reguladora de saneamento básico
Vereadores contrários exigiam maior tempo para análise do texto

Câmara aprova definitivamente agência reguladora de saneamento básico

Segunda discussão do projeto foi realizada nesta quinta-feira, 9

A Câmara dos Vereadores de Ribeirão Preto aprovou, em segunda discussão, o projeto de lei da Prefeitura que cria o Conselho Municipal de Regulação e Controle Social, um órgão consultivo da Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento Bacias dos Rios Piracicaba, Capivarí e Jundiaí (Ares-PCJ).

Durante a sessão dessa quinta-feira, 9, o vereador Marcos Papa encaminhou um pedido de adiamento do projeto exigindo mais tempo para a discussão e solicitando um parecer da Comissão de Meio Ambiente. Contudo, o adiamento foi negado por 16 votos a 10. 

O texto, que foi discutido inicialmente na última terça-feira, 7, causou discordância entre os parlamentares. Para o vereador Marcos Papa, principal crítico do projeto, o conselho proposto pela Prefeitura seria “chapa branca”, ou seja, sem representação popular, apenas com nomes indicados pelo Executivo.

"Para que tanta pressa? O projeto entrou aqui dia 25 de abril. A Comissão do Meio Ambiente não teve tempo para analisar. Não vai haver controle social com esse conselho", criticou Papa. Além de Papa, o vereador Luciano Mega (PDT), também encaminhou contrário. “Tem que ser melhor discutido e com maior participação da população”, declarou.

O vereador  Jorge Parada (PT), também defendeu uma análise mais demorada do texto. "Se um projeto que deixa margem para dúvidas, não há porquê aprová-lo de imediato. Os vereadores vão dar um cheque em branco para o Prefeito", argumentou.

Por outro lado, os vereadores André Trindade (DEM), Elizeu Rocha (PR) Maurício Gasparini (PSDB), Rodrigo Simões (PDT) e Boni (Rede), criticaram o encaminhamento contrário de Papa. Para o vereador Elizeu Rocha, em caso de discordância, os opositores devem encaminhar emendas ao texto, o que não aconteceu. "Tem alguma emenda, aí? Não teve nenhuma emenda. Então não tem porque atrasar mais o projeto", criticou Rocha 

“Essa Casa se tornou um instrumento que só barra! Só tem crítica, nunca está bom! Tem gente que não tem privada em casa, a população não pode ficar dependente desta burocracia, não temos que ficar discutindo composição de conselho”, argumentou Gasparini.

O Conselho

A Prefeitura estipulou que as funções do novo Conselho devem ser: avançar propostas de fixação, revisão e reajuste tarifário dos serviços de saneamento básico no âmbito do município conveniado; elaborar, deliberar e aprovar seu regimento interno; encaminhar reclamações e denunciar irregularidades na prestação de serviço.

O conselho deverá se reunir uma vez por ano e, extraordinariamente, quando convocado. Farão parte da mesa consultiva, titulares dos serviços de saneamento básico; órgãos governamentais ligados ao saneamento; prestadores de serviço público do saneamento; usuários de serviços de saneamento; entidades técnicas; organizações da sociedade civil; entidades de defesa do consumidor relacionados ao setor de saneamento; Conselho Municipal de Desenvolvimento do Meio Ambiente (Comdema).


 


Foto: Allan S. Ribeiro/Câmara Ribeirão

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