Câmara vota projeto que reajusta valores do IPTU em Ribeirão Preto
Prefeitura justifica que, com aumento da arrecadação, poderá viabilizar novos projetos

Câmara vota projeto que reajusta valores do IPTU em Ribeirão Preto

Expectativa é de que a arrecadação do município cresça em R$ 140 milhões

A Câmara Municipal de Ribeirão Preto vota, nesta quinta-feira, 13, a revisão da Planta Genérica de Valores (PGV) que afeta no reajuste das tarifas de Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU). A proposta foi encaminhada pela prefeitura no início da semana, após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Legislativo ter derrubado o projeto na última semana.

O governo aposta na aprovação da revisão da PGV para aumento da arrecadação dos cofres municipais. No projeto encaminhado para a Câmara, a prefeitura justifica a atualização dos valores dos imóveis em Ribeirão Preto, pela realização de projetos que podem ser viabilizados com o aumento da arrecadação, como a criação de 4 mil vagas em creches, viabilização do funcionamento das Unidades de Pronto Atendimento (UPA), e a revitalização da região Central.

A reportagem do Portal Revide apurou que a nova proposta de revisão da PGV traria aumento de cerca de R$ 140 milhões à arrecadação do município. A proposta anterior, barrada na CCJ, previa aumento de arrecadação de aproximadamente R$ 500 milhões. 

Leia mais:
Prefeitura de Ribeirão Preto apresenta nova proposta de revisão do IPTU

Além disso, segundo a nova proposta, será concedido desconto de 33% no IPTU de imóveis com valor de até R$ 70 mil. Também será ofertado 16% de desconto para imóveis de valor entre R$ 70.000,01 e R$ 190 mil, e redução de 27% a imóveis de até R$ 45 mil. O projeto ainda reduz de 10% para 6% o desconto no pagamento do tributo à vista.

“Representa o seu alinhamento aos valores atuais do mercado imobiliário, visto o lapso temporal decorrido de 15 anos sem atualização”, aponta a justificativa da prefeitura para a aprovação da revisão da PGV. “Com estas providências, teremos um acréscimo de valores razoáveis e compatíveis com a capacidade contributiva atual de nossa população”, conclui.

No entanto, a proposta deve ter dificuldade para ser aprovada na Câmara Municipal: vereadores já se manifestaram contrariamente ao projeto. O vereador Maurício da Vila Abranches (PTB), vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça, que deu o parecer para a medida fosse votada, diz que é contra a revisão.

“O projeto não é inconstitucional, mas a situação econômica da população está apertadíssima. Desemprego em alta. A população não merece nenhum aumento”, afirma. Outros vereadores, como Luciano Mega (PDT), defendem que o reajuste tem de ser apenas por base na inflação, e se posicionam contra a nova PGV. “A população não está aceitando e a revisão, tecnicamente, foi muito mal feita”, afirma. 


Foto: Pedro Gomes

Compartilhar: