
Deu na TV 11: candidatos a prefeito voltam a fazer críticas a adversários
Ricardo, Rodrigo, Gandini e Nogueira mantiveram ‘diálogo’ quente entre eles; candidatos de partidos pequenos não tiveram programas exibidos
O programa eleitoral da tarde desta quarta-feira, 7, voltou a ser marcado por críticas entre quatro adversários. Na abertura, Ricardo Silva (PDT) fez uma “roda de conversa” com seis mulheres que lhe fizeram perguntas programadas para que ele respondesse, claro, em tom de campanha. Vários assuntos foram tratados, com críticas também à administração atual, com relação ao trabalho de tapa-buracos, considerado mal feito pelo candidato.
Mas ele aproveitou uma pergunta de uma das convidadas do programa para voltar a dizer que o deputado federal e candidato tucano a prefeito Duarte Nogueira, como aliado do governador, já poderia ter trazido o Ambulatório Médico de Especialidades (AME), já que agora promete trazer três unidades.
“Antes de construir outros prédios é preciso colocar pra funcionar o que já existe. Esse mesmo candidato já está prometendo isso há algumas eleições. E outra, ele foi deputado por 22 anos, secretário, se diz tão amigo do governador, por que não trouxe essa (sic) AME já para Ribeirão Preto?”, questiononou.
Herdeiros
O candidato Gandini (PSB), também utilizou a técnica da pergunta programada, para responder a um convidado do programa sobre possível desvantagem por ter como adversários um candidato filho de deputado e, outro, de ex-prefeito, para dizer que é filho de pais trabalhadores rurais e analfabetos.
“Quando entrei na faculdade de Direito da USP, entrei por esforço, por dedicação, por conhecimentos. Com menos de 30 anos já era juiz. Como prefeito vou agir do mesmo modo. Vou dedicar-me para fazer o melhor. Política é coisa séria. Não é um trono pra ficar passando de pai para filho”, apontou.
Fora do grupo?
Rodrigo Camargo (PTB) fez agradecimentos a manifestações recebidas e alfinetou o candidato Ricardo Silva. “Nestas eleições não há vítimas. Se é vereador o candidato a prefeito de agora, é mais culpado do que vítima. O que estava fazendo enquanto Ribeirão Preto era saqueada. O que estava fazendo enquanto Ribeirão Preto precisava de político gente grande, de político sério. Enquanto isso mandava o seu irmão tomar café com o centro da corrupção. É isto que está intolerável”, criticou.
Rodrigo também negou fazer parte do grupo político acusado de fraudes e corrupção na prefeitura. Mas nunca é demais lembrar que o partido da prefeita, o PSD, é coligado de seu partido, o PTB, e que no lançamento de sua pré-candidatura, na Câmara Municipal, o homem forte do governo Dárcy Vera, Marco Antonio dos Santos (um dos presos pela Operação Sevandija), como presidente do partido coligado, até discursou.
Sem explicações
O programa do candidato comunista Wagner Rodrigues se limitou a exibir dois jingles com imagens cuidadosamente gravadas – e editadas. Sobre a investigação que atinge o Sindicato dos Servidores Municipais, do qual Wagner é presidente licenciado, nenhuma palavra foi dita. Aliás, o candidato, que prestou depoimento nesta terça-feira, 6, na Polícia Federal não falou no programa. Apenas apareceu durante a apresentação dos jingles.
PMDB ‘amaldiçoado’
O programa de Nogueira apresentou propostas do candidato notadamente em saúde e educação. Ele também falou dos buracos da cidade, e disse que, como engenheiro, sabe como resolver. No final, a mensagem de ataque ao PMDB, já divulgada em programas anteriores, voltou a ser veiculada.
A fala no programa é de uma jornalista contando que Ricardo Silva é apoiado pelo PMDB, tanto que o vice em sua chapa é Guilherme Feitosa, deste partido, e por isso, alega que a situação não vai mudar, já que o vice na atual gestão, Marinho Sampaio, também é filiado à legenda. “Ele disse que é o novo. Que vai fazer diferente, mas como se as pessoas são as mesmas?”, questiona a jornalista
Fora do ar
Os candidatos Alexandre Sousa (PTdoB), Doutor Hermenegildo (PSOL), Edmur Manfrin (PV) e Fábio Zan (Rede) não tiveram os programas apresentados. A tela da TV apenas exibiu que o horário era reservado para a propaganda eleitoral.
Foto: Arquivo Revide