Justiça arquiva denúncia contra suposto funcionário fantasma da Câmara
Ministério Público apontou que não existem elementos que configurem crime

Justiça arquiva denúncia contra suposto funcionário fantasma da Câmara

Denúncia protocolada em abril de 2019 não foi aceita pelo Tribunal de Justiça

A promotoria de justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) solicitou o arquivamento de uma denúncia contra um suposto funcionário fantasma no gabinete do ex-vereador Marcelo Palinkas. O pedido foi aceito pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP).

A denúncia foi protocolada pela mesa diretora da Câmara dos Vereadores em abril de 2019. No pedido, direcionado ao Ministério Público, a Casa solicitava instauração de um inquérito policial contra um ex-assessor do gabinete do vereador Marcelo Palinkas.

A acusação era de que o advogado Wilson Rogério Picão Estevão era um “funcionário fantasma” no gabinete de Palinkas. Segundo o documento, o assessor era, na verdade, funcionário da Viação São Bento. Por vezes, o advogado apareceu em programas de TV e reportagens sendo crítico à atual gestão da Câmara.

Porém, o promotor de justiça José Ademir Campos Borges avaliou que não existem elementos reunidos para que possa ser comprovado o crime de peculato ou falsidade ideológica. "Não se verifica a presença de elementos nestes autos para dar base a uma denúncia, razão pela qual requeiro o arquivamento do inquérito", escreveu o promotor.

O MPSP apontou que Picão exercia as atividades de assessor parlamentar, mas em jornada sem controle rígido. Na Câmara, é de responsabilidade do vereador controlar a folha de ponto dos assessores. “Nem se pode dizer que teria afrontado regramentos explícitos da Câmara Municipal", frisou Borges.


Foto: Arquivo Revide

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