Na cola do candidato: Doutor Hermenegildo distribui panfletos no Calçadão
Portal Revide acompanha candidatos a prefeito de Ribeirão Preto em atividades pela cidade; neste fim de semana foi a vez do postulante do PSOL
O médico Hermenegildo de Martin (Psol), candidato a Prefeitura de Ribeirão Preto, fica o tempo inteiro junto da mesinha que serve como base dos candidatos do partido dele, no Calçadão. Enquanto os pretendentes a uma cadeira na Câmara Municipal se reúnem para gravação do programa eleitoral, ele distribui panfletos para quem passa pelo local.
Há sempre alguém para conversar e pedir o voto. Conselheiro do Botafogo, o futebol, além da política é um dos assuntos tratados. Outro torcedor botafoguense, que passa pelo local, e que reconhece Hermenegildo das partidas no Santa Cruz, para e conversa sobre a equipe, que nesta segunda-feira, 5, enfrenta o Guarani, pela Série C, em busca da classificação para a segunda fase.
Ao menos no futebol ele está otimista e espera a vitória para a equipe já entrar no clima para a fase decisiva do torneio, que classificará para a segunda divisão do Brasileirão. Quando a conversa termina, o colega vai embora, mas não demora muito para outros conhecidos passarem pelo local.
Um deles, é o candidato da Rede, Fábio Zan, que gravava entrevista para uma emissora de televisão, e tinha marcado o coração de Ribeirão Preto como ponto de encontro. Minutos depois, é a vez de outro candidato, João Gandini (PSB), que também pedia votos no Centro da cidade.
Quando o assunto é política, o ponto da conversa são os acontecimentos que marcaram o município durante a semana, com a Operação Sevandija, da Polícia Federal e do Ministério Público, que investiga fraudes e desvios na prefeitura e possível tráfico de influência na Câmara.
Para ele, tem muita gente que participa dessa rede de corrupção, “uns com mais, outros com menos”, aponta o médico, que espera que a justiça seja feita. Ele também analisa os efeitos da corrupção para os problemas da cidade. E por isso, acredita que precisa ser dado um basta, para a melhora da cidade, do estado e do País.
Hermenegildo também comenta a decisão de partidos adversários na disputa, principalmente os ditos de esquerda, que nesta campanha deram um basta na cor vermelha, um dos símbolos da causa, que tem sido escondido na campanha, até por aqueles que sempre a exibiram.
“O nosso partido tem o vermelho e o amarelo, para distinguir de um partido que usa o vermelho e está cheio de corrupto. Agora até com a cor eles estão cheios de vergonha”, disse em referência ao PT.
Curiosamente, poucos minutos depois, passa pelo local um político justamente do PT, o vereador Jorge Parada, que para e conversa, principalmente sobre a correria da campanha, este ano mais curta do que nos anos anteriores. Por isso, a correria do dia a dia, que para Hermenegildo, “não é fácil não”, principalmente para os partidos que não realizaram coligações, como o dele, e que tem poucos segundos de tempo na televisão e no rádio.
“O sistema não favorece a democracia. Devia ser dividido para cada partido igual. A minirreforma eleitoral conseguiu deixar um negócio pior”, analisa Hermenegildo. Ele aponta que o tempo é muito curto para campanha, já que os 45 dias delimitados pela justiça eleitoral passam muito rápido, na correria.
Foto: Leonardo Santos