Prefeitura reenvia para Câmara pedido de indenização milionária ao PróUrbano
Nogueira envia novo projeto de lei sobre indenização ao PróUrbano para avaliação da Câmara

Prefeitura reenvia para Câmara pedido de indenização milionária ao PróUrbano

Nova proposta tem o mesmo valor já recusado pelo legislativo; R$ 70 milhões

O prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), enviou à Câmara Municipal de Vereadores, na terça-feira, 1º, um projeto de lei complementar que trata da indenização de R$ 70 milhões do município para o Consórcio PróUrbano, que administra o transporte público na cidade

 

Um projeto semelhante já havia sido barrado na Câmara. Na ocasião, a votação terminou empatada em 11 a 11. Para a aprovação seria necessária a maioria absoluta dos votos.

 

 

Em comparação com a primeira versão, o texto possui mudanças referente à substituição da frota. O novo texto obriga que o PróUrbano substitua 50% da frota no próximo ano e realize a troca da outra metade em 2024. Na configuração anterior exigia-se apenas que essa substituição começasse em 2023, com previsão de conclusão para 2024, mas sem determinar números. Segundo o projeto, os novos veículos devem, obrigatoriamente, ter ar-condicionado, wi-fi, conexão USB e suspensão pneumática, de preferência.

 

Outra mudança está no prazo de utilização do crédito dos passes de ônibus. O texto vetado previa que o crédito eletrônico adquirido pelos passageiros poderia ser mantido sem uso por um ano, após esse período, o valor seria revertido ao Consórcio PróUrbano. Agora, o período de tolerância para a permanência do valor ocioso é de dois anos.

 

 

Reparação de prejuízos

Contudo, o ponto principal do projeto continua sendo o repasse de R$ 70 milhões como indenização da Prefeitura ao PróUrbano como uma forma de reparação por danos e prejuízos sofridos durante a operação e continuidade do serviço na cidade.

 

O valor seria pago de forma parcelada, três no valor de R$ 20 milhões e uma última de R$10 milhões, com a primeira debitada ainda em novembro deste ano, caso aprovada pela Câmara.

 

Segundo o presidente da Câmara, o vereador Alessandro Maraca (MDB), do ponto de vista da legalidade é possível que o projeto seja protocolizado novamente. “Existem algumas pequenas mudanças entre os dois projetos, mas a finalidade continua sendo a autorização para o executivo celebrar acordo com o Pró Urbano”, explicou.

 

O projeto ainda passará por apreciação dos vereadores para definir se essa nova versão será ou não aceita e seguirá para uma próxima discussão.

 


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Foto: Revide

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