Prefeitura de Ribeirão Preto desiste de reajustar valor do IPTU neste ano
Secretaria da Fazenda pretende atualizar legislação atual, retirando dois itens do texto vigente desde 2012

Prefeitura de Ribeirão Preto desiste de reajustar valor do IPTU neste ano

Administração municipal retirará da Câmara projeto de revisão da Planta Genérica de Valores, deixando discussão para 2018

A Prefeitura de Ribeirão Preto enviará um novo projeto para a revisão do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU). O texto retira dois artigos da lei em vigor atualmente, de 2012. A proposta encaminhada à Câmara Municipal em outubro previa o aumento de 50% do imposto a partir de 2018.

De acordo com o secretário da Fazenda de Ribeirão Preto, Manoel Gonçalves, a discussão da nova Planta Genérica de Valores, que revisa o preço do IPTU, ficará para 2018, para que se tenha mais tempo para discussão do tema. Segundo o secretário, não houve a oportunidade de se explicar aos vereadores a necessidade que os valores fossem revistos, já que estão defasados.

“Nós tivemos pouco tempo para discutir esse tema. Embora, entendemos que ela está tecnicamente correta. Ela propõe que o imposto seja reajustado em até 50%, mas isso não significa que será aplicada em todos os casos”, explicou Gonçalves.

A proposta encaminhada pelo Poder Executivo no último mês previa o reajuste do IPTU em 50% a partir do ano de 2018, e 25% em cada um dos dois anos seguintes. A Administração Municipal alega que a Planta não tem revisão desde 2003 e que, neste período, muitas regiões se valorizaram.

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As mudanças que devem ser encaminhadas ao Executivo são para suprimir do texto vigente desde 2012 dois artigos. O primeiro é a retirada do artigo que estipula que o reajuste possa ser de até 130% de variação do valor venal do imóvel, conforme prevê a legislação aprovada em 2012. O outro é o fim da diferenciação de alíquota entre imóveis com e sem edificações.

Segundo o secretário, com as mudanças, 94% dos imóveis em Ribeirão Preto terão o valor do IPTU 2018 semelhantes ao do imposto deste ano, e a arrecadação do município deve ser similar à de 2017 – cerca de R$ 300 milhões. Gonçalves aponta que o impacto no orçamento será pequeno, confrontado pelo que se previa, caso a proposta de revisão da Planta Genérica de Valores fosse levada adiante – aproximadamente R$ 10 milhões.


Foto: JFPimenta / Arquivo CCS

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