Secretário afirma que Prefeitura não tem intenção de prorrogar suspensão dos 28,35%
Secretário afirma que Prefeitura não tem intenção de prorrogar suspensão dos 28%

Secretário afirma que Prefeitura não tem intenção de prorrogar suspensão dos 28,35%

Apesar disso, Ângelo Pessini não marcou data para retomada dos pagamentos; beneficiários reclamam

O secretário municipal de Administração de Ribeirão Preto, Ângelo Pessini, disse que a prefeitura não tem a intenção de pedir para a justiça a prorrogação da suspensão dos pagamentos dos 28,35% dos servidores municipais, paralisados desde fevereiro, para que a administração municipal possa realizar os cálculos sobre a quantia que deve ser paga.

Pessini falou à Comissão Especial de Estudos (CEE) da Câmara Municipal na manhã desta quarta-feira, 19, e mesmo afirmando que a possibilidade de prorrogação do prazo é mínima, disse que ainda não há uma data para a conclusão do levantamento sobre as despesas. Os dados são apurados pela pasta que Ângelo chefia, além da Fazenda e da Coderp.

“Quero equacionar essa situação o mais rápido possível. Mas devemos fazer uma conciliação de portas abertas, e não como anteriormente, gerando toda essa situação que a cidade está passando atualmente”, explicou o secretário, que disse que existe a possibilidade de que os juros retirados dos servidores para os pagamentos dos honorários da ex-advogada do sindicato dos Servidores, Maria Zuely Librandi, sejam ressarcidos.

Além disso, Pessini ainda contou na reunião que estão sendo analisadas as possibilidades de retornar o pagamento dos servidores beneficiados com a reparação das perdas salariais do Plano Collor, desde que seja mantida a suspensão dos pagamentos a Zuely – cerca de R$ 700 mil ao mês. Entretanto, ele diz que é preciso analisar minuciosamente todos os documentos envolvidos para se chegar a esta medida. Zuely é investigada na Operação Sevandija, da Polícia Federal e do Ministério Público, por supostamente ter participado de conluio com a ex-prefeita Dárcy Vera e com o ex-presidente do Sindicato dos Servidores, Wagner Rodrigues, para que fosse feito o acordo, sob pagamento de propina.

Os servidores beneficiários do acordo que estiveram na Câmara para acompanhar a reunião disseram que terminaram a discussão ainda sem saber de respostas. “A prefeitura pode pedir para os credores não cobrarem do servidor? Teve gente que fez crediário, comprou casa, móveis e a de uma hora para outra instauram essa suspensão. Não foi conversado. Acho que o prefeito Duarte Nogueira não sabe o que está fazendo. Temos que sensibilizar o prefeito e juiz para se ache um acordo”, disse a servidora Magali Camacho.

Já o presidente da CEE, o vereador Renato Zucolotto (PP) questionou o fato de o sindicato, cujo o ex-presidente é um dos investigados no chamado “conluio” que causou a situação da suspensão dos pagamentos, não ter agido para “defender os servidores”, de acordo com ele. “A mim, parece que não fizeram nada”, comentou Zucolotto, que disse que espera chegar a um acordo entre as parte os mais breve possível.


Foto: Aline Pereira/ Câmara Municipal

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