Butantan divulga comunicado sobre desenvolvimento da vacina ButanVac
O Instituto publicou, nesse sábado, 27, como foi o processo de criação da tecnologia da vacina, que será fabricada no Brasil
O Instituto Butantan divulgou uma nota, neste sábado, 27, explicando como foi o processo de desenvolvendo da tecnologia da vacina ButanVac, que será totalmente fabricada no Brasil. Em nota, o Instituto explica que a vacina é de baixo custo e não depende da importação de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA). A vacina utiliza como vetor o vírus inativado da Doença de Newcastle, ele se desenvolve bem em ovos embrionados, permitindo eficiência produtiva na fabricação do imunizante.
O posicionamento foi divulgado após uma reportagem da Folha de S.Paulo revelar que o hospital Mount Sinai, em Nova York, desenvolveu a tecnologia do imunizante. Na nota, o instituto informa que a vacina foi desenvolvida com cooperação internacional e reafirmou que o imunizante será produzido integralmente no Brasil. "Todos os processos produtivos, desde a qualificação dos ovos embrionados, inoculação, crescimento viral, processamento e purificação viral, inativação, formulação, qualificação, controle de qualidade, produção em escala, envase, rotulagem, registro sanitário, serão realizados pelo Butantan. O que significa dizer que a vacina em desenvolvimento e que entrará em estudos clínicos é uma vacina que será produzida integralmente pelo Butantan no Brasil.
No comunicado, o instituto também citou a parceria entre o hospital, que não havia sido citada na entrevista coletiva. "Garantimos o trabalho em conjunto com a Mount SInai e O Butantan se orgulha desta nova etapa, que trará para o país um novo insumo tão importante em um momento tão delicado de pandemia.” Em nota enviada na noite de sexta-feira à agência de notícias Reuters, o Butantan informou que a instituição dos EUA "não havia autorizado a divulgação de seu nome em comunicados oficiais do Butantan sobre a nova vacina."
O governo do Estado de São Paulo informou, também na coletiva de sexta, 26, que os resultados dos testes pré-clínicos realizados em animais se mostraram promissores e que a expectativa é que os ensaios clínicos das fases 1 e 2 em humanos comecem em abril, depois da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Confira na íntegra a nota do Butantan:
“A tecnologia da vacina Butanvac, que será fabricada com custos baixos no Brasil, sem dependência de insumo importado, usa o vírus da doença de NewCastle desenvolvido? por cientistas nos Estados Unidos na Icahn School of Medicine no Mount Sinai em Nova York. A proteína S estabilizada do vírus SARS-Cov-2 utilizada na vacina com tecnologia HexaPro foi desenvolvida na Universidade do Texas em Austin.
O Butantan é um dos produtores responsáveis por desenvolver clinicamente o produto, escalonar e padronizar os processos produtivos e produzir completamente a vacina no país, consequentemente possibilitando a vacinação em massa.
O desenvolvimento da vacina está sendo feito pelo Butantan na mesma plataforma usada para a vacina da influenza, ou seja, a Butanvac empregará a mesma tecnologia utilizada na vacinada gripe. Todos os processos produtivos, desde a qualificação dos ovos embrionados, inoculação, crescimento viral, processamento e purificação viral, inativação, formulação, qualificação, controle de qualidade, produção em escala, envase, rotulagem, registro sanitário, serão realizados pelo Butantan. O que significa dizer que a vacina em desenvolvimento e que entrará em estudos clínicos é uma vacina que será produzida integralmente pelo Butantan no Brasil.
Garantimos o trabalho em conjunto com a Mount SInai e O Butantan se orgulha desta nova etapa, que trará para o país um novo insumo tão importante em um momento tão delicado de pandemia”.
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