Curta-metragem mostra bastidores da emergência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto na pandemia
Produção traz histórias de superação de pacientes e profissionais de saúde
A ONG ImageMagica lança nesta terça-feira, 21, um curta-metragem que mostra os bastidores do trabalho na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, de profissionais de saúde e da luta de pacientes para sobreviver à doença durante a pandemia do coronavírus. Intitulado Conexões do Cuidar – Humanidade, o curta é produzido pela produtora NÓS, com direção de Ana Cláudia Streva e Selma Perez e estará disponível no canal do Youtube da ONG. Assista ao trailer da produção neste link.
O filme se divide entre a rotina intensa de profissionais de saúde e a luta de pacientes pela sobrevivência nas primeiras semanas de combate ao coronavírus na Unidade de Emergência do hospital em 2020 e os relatos emocionantes desses profissionais e pacientes após enfrentarem esse período de medo e tensão.
Foi nesse cenário que a ONG ImageMagica desenvolveu atividades que auxiliassem no atendimento humanizado nos hospitais, como a criação do crachá humanizado, para que o profissional de saúde fosse reconhecido por trás de toda a paramentação, e as videochamadas, em que o paciente pudesse ter contato com a família dentro da UTI.
A doutora Ana Claudia Arantes, médica geriatra paliativista que liderou o debate público para tornar lei o direito de pacientes internados receberem videochamadas de familiares, reflete que esse projeto mostra como, no fim, é o contato humano que ajuda a salvar as pessoas. “Tudo o que a gente passou nessa pandemia mostrou que a única coisa que realmente vai fazer a história de cuidado, da medicina e da saúde mudar é esse aspecto de reconhecer que é um ser humano cuidando de outro ser humano”, ressalta.
José Beraldo, o primeiro sobrevivente do coronavírus em Ribeirão Preto, foi atendido pelo projeto e sua história de superação é um dos destaques no curta. Após ficar 21 dias na UTI e 15 dias entubado, parecia que ele não se recuperaria. E nesse momento de isolamento, foram as videochamadas que o conectaram à sua família.
“Quando José Beraldo teve alta, não tinha quem não chorasse nesse hospital. Mesmo quem nunca atendeu ele. Não tinha quem não vibrasse, era uma vitória de todo mundo”, comenta a doutora Anna Cristina Bertoldi, médica emergencista.
Além de José Beraldo, o filme conta outras histórias de superação, união e de despedidas dolorosas. As diretoras Ana Cláudia Streva e Selma Perez capturaram todos os lados de uma pandemia sem romantizá-la. Mostraram as complexidades de um cenário tão incerto e que, apesar de tudo, o cuidado humano importa.
Após a exibição do filme será aberto a “Roda de Conversa” entre organizadores, profissionais da saúde e plateia.
Local – Anfiteatro da Unidade de Emergência, rua Bernardino de Campos – 1.000.
Horário – 10 horas
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