Doenças cardíacas são comuns em crianças com Síndrome de Down
Doenças cardíacas são comuns em crianças com Síndrome de Down

Doenças cardíacas são comuns em crianças com Síndrome de Down

Estudo realizado na Dinamarca aponta que a prevalência de anomalias cardíacas congênitas em pessoas com Síndrome de Down chega a 50%

Sendo um defeito genético, que está relacionado ao cromossomo 21, a Síndrome de Down tem relação aos problemas cardíacos. Um estudo, realizado na Dinamarca, apontou que a prevalência de anomalias cardíacas congênitas em pessoas com Síndrome de Down (SD) é de 40 a 50%. Assim como algumas crianças que nascem com Down, apresentam anormalidades no coração.

Conforme a Associação de Cardiologia Americana (American Heart Association), cerca de um em cada 100 crianças apresenta defeitos no coração, que usualmente ocorrem quando o feto está em desenvolvimento no útero da mãe.

De acordo com a cardiologista e diretora da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), Ieda Jatene, estas má-formações, conhecidas como cardiopatias congênitas, podem atrapalhar o funcionamento do coração. “As principais cardiopatias observadas em crianças com Síndrome de Dow estão relacionadas ao defeito do septo atrioventicular (DASV) e a comunicação interventricular (CIV)”, explica.

Desenvolvimento

A médica ressalta que, essas doenças cardíacas acontecem por uma alteração do desenvolvimento embriológico, durante a formação do coração do feto. Tanto o caso do DASV quanto na CIV, devem ser tratados cirurgicamente.

“Os dois defeitos devem ser tratados cirurgicamente, mas o tratamento com medicação é indicado para controlar os sintomas e permitir que os pacientes evoluam bem, até o momento ideal para a cirurgia, que no caso do DSAV é entre quatro e seis meses de vida, e na da CIV, a partir de seis meses ou de acordo com o desenvolvimento da criança”, aponta.

Os problemas são considerados cianogênicos, quando as crianças não apresentam a coloração arroxeada nos lábios e extremidades. Elas podem apresentar também cansaço durante a amamentação e na realização de esforços, como dificuldades em ganhar peso e pegar resfriados com frequência.

“O acompanhamento pelo cardiologista pediátrico desde o nascimento permitirá que o médico decida o melhor momento para a cirurgia, ou consequentemente obter os melhores resultados para saúde da criança”, completa a médica.


Foto: Divulgação

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