Dia do idoso: Estado terá dez vezes mais centenários até 2050, aponta estudo
Maria de Deus completa 100 anos no próximo dia 10 de outubro, sem perder o bom humor

Dia do idoso: Estado terá dez vezes mais centenários até 2050, aponta estudo

Em Ribeirão Preto, idosos com mais de 60 anos representarão um terço da população

Até 2030, 1 em cada 4,5 mil paulistas terá mais de 100 anos de idade. Para 2050, a previsão é ainda mais otimista: 1 em cada 1,3 mil. Em 2010, os centenários no Estado eram cerca de 3,2 mil, em 2050, serão 35 mil. Os dados são do Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

Contudo, mesmo em 2019, a aposentada Maria de Deus já está próxima do grupo dos centenários em Ribeirão Preto. No dia 10 de outubro ela completa 100 anos de idade.

Segundo Isabel Boscolo, filha de Maria, um dos segredos da longevidade da mãe é ser uma pessoa muito tranquila. "Ela sempre foi uma pessoa muito sossegada. Gostava de dançar, ir ao cinema, até tomava uma cervejinha, socialmente".

Durante o dia, Maria fica em no Lar dos Velhos da Igreja Presbiteriana com outros idosos, e volta para a casa no final da tarde. Lá, ela pode socializar com outras pessoas e ter uma distração ao longo do dia.

Em 2018, no aniversário de 99 anos, ela recebeu uma surpresa dos funcionários do lar: uma festa de aniversário com a temática de contos de fadas. Para o centenário, o local irá preparar uma festa com o tema "anos 60". 

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Envelhecimento ativo

Além dos centenários, até 2050, um terço da população de Ribeirão Preto será composta por pessoas com mais de 60 anos idade, índice praticamente igual ao do Japão, atualmente.

Esse aumento está amparado, entre outros fatores, pelo aumento na expectativa de vida. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), a expectativa de vida do brasileiro em 2018 é de 76 anos. Em 2000, a expectativa de vida ao nascer era de 70 anos.

Ademais, cada vez mais, as famílias optam por terem menos filhos. Com isso, a sociedade que era composta, majoritariamente, por jovens, dá espaço a uma sociedade mais madura.

Além de viverem mais, os idosos estão vivendo com mais qualidade de vida. O avanço da tecnologia, a descoberta de novos medicamentos e a popularização das academias e práticas de atividades físicas voltadas para a terceira idade auxiliam na mudança inevitável da pirâmide etária brasileira.

Por isso, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia adota o termo "envelhecimento ativo" para tratar do tema.

O termo “envelhecimento ativo” foi adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no final dos anos 90. Ele procura transmitir uma mensagem mais abrangente do que “envelhecimento saudável” e reconhecer, além dos cuidados com a saúde, outros fatores que afetam o modo como os indivíduos e as populações envelhecem.

A abordagem do envelhecimento ativo se baseia no reconhecimento dos direitos humanos das pessoas mais velhas e nos princípios de independência, participação, dignidade, assistência e auto-realização estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

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Foto: Arquivo pessoal

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