Justiça veta discussão de regulamentação de Organizações Sociais em Ribeirão
Projeto da Prefeitura tem a intenção de regulamentar as OS para facilitar contratação de funcionários para serviços de saúde

Justiça veta discussão de regulamentação de Organizações Sociais em Ribeirão

1ª Vara da Fazenda Pública de Ribeirão Preto estipula multa de R$ 1 milhão para Câmara, caso a determinação seja descumprida

A justiça de Ribeirão Preto proibiu a Câmara Municipal de votar projeto que regulamenta as Organizações Sociais (OS) no município, sob multa de R$ 1 milhão, caso a determinação seja descumprida. A regulamentação das OS tem o objetivo de facilitar a contratação de funcionários para o serviço público de saúde, sem a necessidade de realização de concurso público, por exemplo.

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A Câmara discutiria um parecer para derrubar o veto da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que não se posicionou sobre o projeto tramitar em plenário. A juíza da 1ª Vara da Fazenda Pública de Ribeirão Preto, Mayra Callegari Gomes de Almeida, acatou liminar requisitada pelo Sindicato dos Servidores Municipais, que afirma que a proposta terceiriza os serviços de saúde.

A regulamentação das OS são uma recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), por conta dos questionamentos feitos sobre o atual molde de contratação de médicos e prestadores de serviço na Fundação Santa Lydia. A Prefeitura tem a intenção de aplicar o modelo de gestão de OS na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), da Rua Cuiabá.

Na liminar concedida pela juíza, ela aponta que o projeto de lei “padece de vício de constitucionalidade insuperável”, e que precisa ser analisado mais minuciosamente pelo Ministério Público, e por isso, determinou que a Câmara Municipal se abstenha de enviar o projeto de Lei Complementar para discussão até novo parecer da justiça sob multa de R$ 1 milhão.

A Prefeitura de Ribeirão Preto, propositora do projeto, apontou que ainda não havia sido notificada da questão, porém, tomará as medidas judiciais cabíveis.


Foto: Amanda Bueno

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