Médico norte-americano fala sobre cirurgia de irmãs siamesas
O neurocirurgião pediátrico é o principal nome médico quando o assunto é cirurgia de crianças siamesas no planeta

Médico norte-americano fala sobre cirurgia de irmãs siamesas

James Tait Goodrich disse que antes de iniciar o processo de separação das gêmeas, realizou um estudo sobre o caso no Centro Médico Montefiore, nos Estados Unidos

O médico conta sobre o convite realizado pelos especialistas de Ribeirão PretoO médico norte-americano responsável por auxiliar na separação das irmãs siamesas, James Tait Goodrich, diz que está otimista para que os quatro processos de separação entre as meninas Maria Ysabelle e Maria Ysadora aconteçam da melhor maneira possível. Ele é o principal especialista quando o assunto é cirurgia de crianças siamesas no mundo.

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Em entrevista exclusiva ao Portal Revide, o neurocirurgião pediátrico fala que estará presente nas quatro etapas da cirurgia das crianças, que ocorrem no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.

 “Esperamos que tudo dê certo, mas também estamos conscientes de que as coisas podem ser muito complexas para prosseguir, e a família e os médicos estão preparados para isso também”, explica Goodrich.

Questionado sobre o convite realizado para a participação no processo de separação, o especialista conta que a equipe do hospital o contatou no verão passado [inverno no Brasil]. “Eles me pediram para rever os estudos e ver se as meninas poderiam ser candidatas para essa cirurgia”.

Hélio Rubens Machado, neurocirurgião chefe responsável pela separação das meninas, foi o primeiro a entra em contato com Goodrich. “Conheço Hélio Marchado há mais de 10 anos. Nós ensinamos em conjunto, em um curso neurocirúrgico latino-americano, oferecido na América do Sul”.

Goodrich é o terceiro da esquerda para a direita

Processo cirúrgico

A equipe médica comandada por Goodrich, no Centro Médico Montefiore, na região do Bronx, em Nova Iorque, Estados Unidos, realizou uma extensa revisão do caso das crianças siamesas e percebeu que ambas eram possíveis pacientes para uma separação em etapas.

 “Então, criamos modelos em 3D (três dimensões) feitos a partir das imagens cerebrais de tomografia e ressonância magnética e estes também foram revisados. Fui então convidado pelo hospital em novembro passado para conhecer as crianças e familiares, além da equipe de neurocirurgia local. Tivemos uma série de conferências com os especialistas envolvidos e todos se sentiram confiantes em seguir em frente com o processo”, finaliza. 


Fotos: Divulgação HCFMRPUSP, Mary Altaffer/AP Images e Mary Altaffer/AP Images

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