Partos e complicações são 77% das internações de mulheres na região de Ribeirão Preto
O estudo foi realizado por pesquisadores da USP

Partos e complicações são 77% das internações de mulheres na região de Ribeirão Preto

A maioria dos casos foi de mulheres jovens com faixa etária entre 20 a 29 anos

Pesquisa revela que 77% das internações de mulheres em Ribeirão Preto e na região, entre os anos de 2008 e 2017, são resultantes de parto único espontâneo e complicações no momento do nascimento.

O estudo foi realizado por pesquisadores da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEARP) da Universidade de São Paulo (USP), com informações do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS).

Só no ano de 2017, a gravidez e o parto representam mais da metade dos casos de internação ao longo dos anos. Dentre esses, a maioria foi de mulheres com faixa etária entre 20 a 29 anos, seguidas pelas de 30 a 39 anos. Adolescentes de 15 a 19 anos vêm em terceiro lugar. 

Segundo estudo do Ministério da Saúde do Brasil, a gravidez mais tardia é uma tendência em países e regiões mais desenvolvidas, a partir do momento em que as mulheres programam a gestação. O mesmo não acontece na região. Nas cidades de Cajuru e Guariba, por exemplo, a cada 10 mil habitantes, aproximadamente 2,5 meninas de 10 a 14 anos precisam ser internadas por parto, aborto ou complicações na gravidez anualmente.

De acordo com o André Lucirton Costa, coordenador do estudo, esses dados são preocupantes. “Esses números são alarmantes, visto que a gravidez na infância e adolescência é considerada de risco, colocando em perigo a saúde da mãe e do bebê, o que prejudica o futuro de ambos”, afirma o professor.

O estudo pode ser conferido na íntegra, na última edição do Boletim Saúde do Ceper/Fundace, centro de pesquisa ligado aos professores da FEARP.


Foto: Divulgação

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