Madeleines

Madeleines

A culinária tem uma grande capacidade de nos trazer à tona memórias que considerávamos esquecidas e, muitas vezes, de tal maneira intensas que se assemelham a uma real sensação de sinestesia. Seria interessantes lembrarmos aqui o fenômeno de Proust, como é conhecida essa capacidade dos odores, de maneira espontânea, de nos trazer à tona memórias autobiográficas, vividas intensamente em tempos passados e supostamente perdidas, em que consiste a base de sua obra, publicada pela primeira vez em 1913, com o título de “Em busca do tempo perdido”, que traduzimos literalmente do francês.

Ao degustar um tipo de biscoito leve, a Madeleine, mergulhado em uma xícara de chá, concluiu que “a verdade que eu procuro não está lá, mas dentro de mim”, mas como achá-la? Estava quase desistindo quando “a memória repentinamente aparece diante da minha mente”, desencadeada por aquela madeleine mergulhada em uma xícara de chá. Estas são “Les Madeleines de Proust”, cuja receita, com seu formato original, está presente hoje na nossa cozinha.

Proust vale a pena se lido e relido várias vezes. Assim, sempre descobrimos novidades a cada releitura.

MADELEINES:
Em uma tigela, bata 5 ovos inteiros com 150 gramas de açúcar refinado e peneirado, uma colher de chá de essência de baunilha, uma pitada de sal e raspas de limão. Peneire 200 gramas de farinha de trigo com 5 gramas de fermento em pó sobre os ovos, misturando delicadamente até obter uma massa homogênea. Incorpore aos poucos 150 gramas de manteiga derretida e fria. Deixe a massa repousar por 15 minutos. Distribua o resultado nas forminhas de silicone em miniatura para madeleines, pinceladas levemente com manteiga. Asse em forno pré-aquecido a 200 graus, até ficarem levemente douradas. Aprecie com uma taça de chá e aguarde a resposta de sua memória.

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