Vinhos: uma nova fronteira -3

Vinhos: uma nova fronteira -3

O estabelecimento de uma identidade e de uma tipicidade foi um dos passos mais importantes para a consolidação e a permanência definitiva dos vinhos do Novo Mundo entre os melhores colocados à nossa disposição, adicionando-se, ainda, o dinamismo e o empreendedorismo de seus produtores. Um discreto perfil de alguns desses países, sem necessidade de muitos comentários, encontra-se disponível, como poderemos facilmente constatar nas nossas escolhas do dia a dia.

ARGENTINA
Descobriu a afinidade da variedade Malbec com os climas e diferentes solos de suas regiões vinícolas e se mantém firme, com os melhores e mais sofisticados vinhos tintos elaborados com esta uva. A branca Torrontés vem crescendo rapidamente e já merece um lugar de destaque.

AUSTRÁLIA
Abriu caminho para o cultivo das primeiras vinhas importando as cepas da Syrah, do Rhône Sul, há mais de 150 anos. Foi o primeiro país a questionar o termo “terroir” da maneira radical, como era utilizado pela grande maioria dos produtores franceses. Nos rótulos de seus vinhos tintos, encontramos o nome Shiraz. Do mesmo Rhône Sul, as duas variedades, Grenache e Mourvèdre, são destaque, além da branca Sémillon.

ÁFRICA DO SUL
Colocou seu nome em destaque com a híbrida Pinotage (PINOT+ HERMITAGE). Este país vem crescendo rapidamente nos últimos anos, ocupando lugar de destaque onde a Austrália tinha uma hegemonia, como, por exemplo, no Reino Unido, não com a Hermitage, mas com a Pinot Noir, a Syrah e a Sauvignon Blanc.

ESTADOS UNIDOS
A Califórnia foi o primeiro estado a elaborar vinhos de alta qualidade capazes de competir com os mais renomados franceses, brilhando com as variedades Cabernet Sauvignon e Chardonnay, seguidas de perto pela Merlot e, posteriormente, por excelentes Pinot Noir vindas dos estados do Oregon e de Washington.

BRASIL
As mudanças radicais no cultivo, a adoção de novas tecnologias e os altos investimentos colocam o Brasil entre os melhores produtores de espumantes do mundo, uma merecidíssima e invejável posição, ao mesmo tempo em que se destaca com Pinot Noir, Merlot, Cabernet Sauvignon e Pinot Grigio na elaboração de vinhos não espumantes.

CHILE
Este país descobriu precocemente as três variedades que abriram um indiscutível e promissor caminho no mundo vinícola, com a Carménère, a Cabernet Sauvignon e a Merlot.

URUGUAI
A Tannat é a variedade tinta que melhor se adaptou neste país, colocando vinhos de excelentes qualidades no crescente e exigente mercado consumidor.

NOVA ZELÂNDIA
A sua grande bandeira entre os vinhos do Novo Mundo é constituída pela Pinot Noir, pela Sauvignon Blanc e pela Riesling, com características bem diferenciadas dessas variedades em relação aos outros países produtores.

Outros vários países do Novo Mundo vêm gradativamente se agregando àqueles já consolidados, mas sua presença entre nós ainda é praticamente inexistente para fazermos uma confiável e justa avaliação. Um bom final de semana para todos nós.

Dr. João Roberto
Food & Wine Styling and Photography
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