Abril reage com força e exportações do agro dão show

Abril reage com força e exportações do agro dão show

Especial para Feed and Food, por Marcos Fava Neves e Rafael Bordonal Kalaki

Este abril o desempenho da balança comercial do agro surpreendeu positivamente pela alavancada e excelente desempenho. As exportações do agro (US$ 9,65 bilhões) se comparadas com o mesmo período de 2012 (US$ 7,03 bi), aumentaram incríveis 37,3%. O saldo na balança do agro de abril é de US$ 8,21 bi, um valor 43,9% superior a abril de 2012. O valor exportado acumulado no ano (US$ 30,2 bilhões), por sua vez, aumentou (14,6%) quando comparado com o mesmo período de 2012 (US$ 26,4 bilhões), contribuindo para um saldo positivo acumulado no ano de US$ 24,5 bilhões (17,6% maior que o mesmo período em 2012). Se continuarmos nesse ritmo, fecharíamos 2013 com um montante de apenas US$ 90,7 bi, porém cabe ter a esperança que o acumulado de janeiro-abril de 2012 tivemos uma exportação de US$ 26,4 bi e fechamos 2012 com a incrível cifra de US$ 95,8 bilhões.

Os demais produtos brasileiros fora do agro tiveram uma queda de 12,4% nas exportações (US$ 12,5 bi em 2012, para US$ 10,9 bi em 2013), somando-se a essa queda, as importações aumentaram 16%, desta forma esta balança dos produtos fora do agro ajudaram a participação do agronegócio nas exportações brasileiras a manter incríveis 46,8% em relação as exportações totais do Brasil. Ou seja, o Brasil que vai bem, é o Brasil do agro, definitivamente.

Neste abril, os 10 campeões no aumento das exportações em relação a 2012 foram respectivamente: soja em grãos (aumentou US$ 1.536 milhões em relação a abril de 2012), açúcar de cana em bruto (US$ 329,7 mi), milho (US$ 147,6 mi), farelo de soja (US$ 134,9 mi), açúcar refinado (US$ 125,4 mi), carne de frango in natura (US$ 116,7 mi), suco de laranja (US$ 98,1 mi), carne bovina in natura (US$ 93,6 mi), celulose (US$ 42,9 mi) e outros couros/peles bovinos curtidos (US$ 26,6 mi). Estes 10 juntos foram responsáveis por um aumento de aproximadamente US$ 2,65 bilhões nas exportações do agro de abril. A variação dos preços médios (US$/tonelada) foram as seguintes: carne de frango in natura (17,3%), farelo de soja (17,2%), outros couros/peles bovinos curtidos (12,2%), milho (5,1%), soja em grãos (4,0%), celulose (-3,4%), carne bovina in natura (-7,5%), açúcar de cana em bruto (-21,0%), açúcar refinado (-22,5%) e sucos de laranja (-26,0%). Entre os 10 principais produtos a metade obtiveram variações positivas, mostrando que os crescimentos das exportações podem ter sido fruto principalmente do aumento dos volumes exportados e da diversificação de produtos e mercados nas exportações, compensando assim, a queda de preço dos outros produtos.

Os 10 principais produtos que diminuíram as exportações e contribuíram negativamente para a meta foram: trigo (queda de US$ 52,7 milhões), óleo de soja em bruto (US$ 39,6 mi), algodão não cardado nem penteado (US$ 34,1 mi), arroz (US$ 27,3 mi), carne suína in natura (US$ 26,0 mi), óleo de dendê ou de palma (US$ 11,5 mi), sementes de cereais (US$ 10,0 mi), bubalinos vivos (US$ 7,1 mi), óleo de soja refinado (US$ 5,9) e demais sementes (US$ 5,8 mi). Juntos estes produtos contribuíram para a redução nas exportações na ordem de US$ 220 milhões.

No cenário dos mercados de destino dos produtos do agro brasileiro, os 10 principais países que mais cresceram suas importações f        oram: China (US$ 1.368 milhões a mais que em abril de 2012), Estados Unidos (US$ 136,4 mi), Japão (US$ 105,2 mi), Países Baixos (US$ 100,6 mi), Emirados Árabes (US$ 100,2 mi), Tailândia (US$ 95,6 mi), Arábia Saudita (US$ 94,5 mi), Hong Kong (US$ 90,7 mi), Taiwan (US$ 80,3 mi) e Bélgica (US$ 76,0 mi). Juntos, estes dez países que mais cresceram, foram responsáveis pelo aumento de US$ 2,25 bilhões. O Brasil também perdeu vendas em alguns mercados, com destaque para Rússia (US$ 80,3 milhões a menos que em abril de 2012), Alemanha (US$ 69,8 mi), Itália (US$ 52,0 mi), Ucrânia (US$ 24,4 mi), Portugal (US$ 20,4 mi), Líbia (US$ 17,6 mi), Finlândia (US$ 16,5 mi), Polônia (US$ 14,7 mi), Turquia (US$ 14,0 mi) e Iraque (US$ 11,8 mi). Juntos, estes países foram responsáveis pela diminuição de US$ 321,3 milhões nas exportações brasileiras em relação a abril de 2012. Reflexo da crise na Europa e da perda de importância relativa destes mercados ao Brasil.

O primeiro quadrimestre de 2013 mostrou melhor desempenho que o mesmo período em 2012, com exportações do agro crescentes em relação ao ano anterior. Nota-se, assim como no ano passado todo, uma diversificação nos mercados de destino das exportações (principalmente países emergentes, do BRIC’S, da Ásia e Oriente Médio) e da mesma forma que produtos antes poucos representativos começam a ganhar cada vez mais espaço. Enfim, o país esta buscando e conseguindo uma pauta cada vez mais diversificada. Temos um cenário otimista para 2013, onde o Brasil sustenta sua posição como grande vendedor mundial de alimentos e garantindo um saldo positivo para a balança comercial do agronegócio brasileiro e buscando garantir um saldo positivo para balança comercial do Brasil. Vamos esperar o desempenho nos próximos meses, confiando na máxima que... a primeira safra de grãos já terminou, mais ainda temos muito produto armazenado, somando-se a isso, temos a safrinha de milho que promete impulsionar ainda mais as exportações, já que vem puxando os aumentos nas exportações brasileiras do agro no primeiro trimestre.

 

 

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