Após o show de abril, as exportações do agro de maio sofrem um pequeno escorregão

Após o show de abril, as exportações do agro de maio sofrem um pequeno escorregão

Por Marcos Fava Neves e Rafael Kalaki

Este maio o desempenho as exportações o agro sofreu um pequeno escorregão em relação ao ano passado. As exportações do agro (US$ 10,18 bilhões) se comparadas com o mesmo período de 2012 (US$ 10,26 bi), diminuíram 0,9%%. O saldo na balança do agro de abril é de US$ 8,85 bi, um valor 0,8% inferior a maio de 2012. O valor exportado acumulado no ano (US$ 40,4 bilhões), por sua vez, aumentou (10,1%) quando comparado com o mesmo período de 2012 (US$ 36,7 bilhões), contribuindo para um saldo positivo acumulado no ano de US$ 33,4 bilhões (12,1% maior que o mesmo período em 2012). Se continuarmos nesse ritmo, fecharíamos 2013 com um montante de apenas US$ 96,9 bi, porém cabe ter a esperança que o acumulado de janeiro-maio de 2012 tivemos uma exportação de US$ 36,7 bi e fechamos 2012 com a incrível cifra de US$ 95,8 bilhões.

Os demais produtos brasileiros fora do agro tiveram uma queda de 10,1% nas exportações (US$ 12,9 bi em 2012, para US$ 11,6 bi em 2013), somando-se a essa queda, as importações aumentaram 16%, desta forma esta balança dos produtos fora do agro ajudaram a participação do agronegócio nas exportações brasileiras a manter incríveis 46,6% em relação as exportações totais do Brasil. Ou seja, o Brasil que vai bem, é o Brasil do agro.

Neste maio, os 10 campeões no aumento das exportações em relação a 2012 foram respectivamente: soja em grãos (aumentou US$ 307,8 milhões em relação a maio de 2012), celulose (US$ 90,8 mi), carne de frango in natura (US$ 49,8 mi), milho (US$ 35,7 mi), fumo não manufaturado (US$ 34,0 mi), outros couros/ peles bovinos, curtidos (US$ 24,6 mi), preparações para elaboração de bebidas (US$ 14,7 mi), outras rações para animais domésticos (US$ 9,9 mi), madeira em estilhas ou em pastilhas (US$ 9,0 mi) e óleo de dendê ou de palma (US$ 26,6 mi). Estes 10 juntos foram responsáveis por um aumento de aproximadamente US$ 585,3 milhões nas exportações do agro de maio. A variação dos preços médios (US$/tonelada) foram as seguintes: preparações para elaboração de bebidas (60,8%), outras rações para animais domésticos (23,1%), carne de frango in natura (16,6%), outros couros/ peles bovinos, curtidos (15,3%), milho (9,9%), fumo não manufaturado (5,3%), soja em grãos (1,1%), celulose (-2,4%), madeira em estilhas ou em pastilhas (-3,8%) e óleo de dendê ou de palma (-52,3%).Entre os 10 principais produtos que mais aumentaram as exportações em maio, sete apresentaram aumento nos preço, enquanto outros três tiveram quedas no período. O desempenho das exportações podem ter sido fruto principalmente do aumento dos volumes exportados e da diversificação de produtos e mercados nas exportações, compensando a queda nos preços dos principais produtos, visto que os produtos que tiveram maiores aumentos nos preço não são os produtos mais exportados.

Os 10 principais produtos que diminuíram as exportações e contribuíram negativamente para a meta foram: óleo de soja (queda de US$ 239,4 milhões), açúcar (US$ 116,4 mi), algodão (US$ 58,8 mi), café em grãos (US$ 29,6 mi), carne suína in natura (US$ 24,1 mi), farelo de soja (US$ 20,8 mi), álcool (US$ 19,3 mi), carne bovina in natura (US$ 10,3 mi), café solúvel (US$ 8,5) e pescados (US$ 6,8 mi). Juntos estes produtos contribuíram para a redução nas exportações na ordem de US$ 534,1 milhões.

No cenário dos mercados de destino dos produtos do agro brasileiro, os 10 principais países que mais cresceram suas importações f        oram: China (US$ 443,0 milhões a mais que em maio de 2012), Países Baixos (US$ 232,6 mi), Itália (US$ 85,9 mi), Hong Kong (US$ 71,4 mi), Estados Unidos (US$ 60,5 mi), Bangladesh (US$ 58,7 mi), Indonésia (US$ 42,5 mi), Emirados Árabes (US$ 33,7 mi), México (US$ 26,4 mi) e Bélgica (US$ 21,7 mi). Juntos, estes dez países que mais cresceram, foram responsáveis pelo aumento de US$ 1,08 bilhão. O Brasil também perdeu vendas em alguns mercados, com destaque para Rússia (US$ 174,6 milhões a menos que em maio de 2012), Vietnã (US$ 111,1 mi), Alemanha (US$ 96,3 mi), Japão (US$ 69,2 mi), Reino Unido (US$ 67,2 mi), Egito (US$ 66,1 mi), Argélia (US$ 55,5 mi), Nigéria (US$ 54,2 mi), Tailândia (US$ 52,6 mi) e Marrocos (US$ 51,9 mi). Juntos, estes países foram responsáveis pela diminuição de US$ 798,8 milhões nas exportações brasileiras em relação a maio de 2012.

O acumulado do ano 2013 mostrou melhor desempenho que o mesmo período em 2012, com exportações do agro crescentes em relação a ao ano anterior. Nota-se, assim como no ano passado todo, uma diversificação nos mercados de destino das exportações e também de produtos. Enfim, o país está buscando e conseguindo uma pauta cada vez mais diversificada. Temos um cenário otimista para 2013, onde o Brasil sustenta sua posição como grande vendedor mundial de alimentos e garantindo um saldo positivo para a balança comercial do agronegócio brasileiro e buscando garantir um saldo positivo para balança comercial do Brasil. 2013 está quente para as exportações brasileira do agro, apesar do escorregão de maio. Vamos esperar o desempenho nos próximos meses, confiando na máxima que... a primeira safra de grãos já terminou, mais ainda temos muito produto armazenado, somando-se a isso, temos a safrinha de milho que promete impulsionar ainda mais as exportações, já que vem puxando os aumentos nas exportações brasileiras do agro no primeiro trimestre.

 

 

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