Em julho as exportações do agro seguem vigorosas

Em julho as exportações do agro seguem vigorosas

Por Marcos Fava Neves e Rafael Kalaki

Este julho o desempenho as exportações o agro continuaram crescendo em relação. As exportações do agro (US$ 9,3 bilhões) se comparadas com o mesmo período de 2012 (US$ 8,9 bi), aumentaram 3,6%. O valor exportado acumulado no ano (US$ 58,9 bilhões), por sua vez, aumentou (9,5%) quando comparado com o mesmo período de 2012 (US$ 53,7 bilhões), contribuindo para um saldo positivo acumulado no ano de US$ 49,0 bilhões (10,2% maior que o mesmo período em 2012). Se continuarmos nesse ritmo, fecharíamos 2013 com um montante de US$ 101 bi, porém cabe ter a esperança que o acumulado de janeiro-julho de 2012 tivemos uma exportação de US$ 53,8 bi e fechamos 2012 com a incrível cifra de US$ 95,8 bilhões. Estamos acreditando até no 105 bi.

Os demais produtos brasileiros fora do agro continuaram mal ao longo do ano, apresentando queda em julho de 4,3% nas exportações (US$ 11,5 bi em 2012, para US$ 12,0 bi em 2013), somando-se a essa queda, as importações aumentaram bastante (25,2%), aumentando assim o saldo negativo dos produtos fora do agro. Com o aumento do saldo negativo dos produtos fora, o agro aumentou sua participação nas exportações brasileiras se comparado com o mesmo período do ano anterior, mantendo uma incrível participação de 44,7% nas exportações do Brasil. Apesar de um julho bom para o agro, no acumulado do ano, a balança comercial brasileira fechou o semestre negativa em 4,9 bi, e se não fosse o agro brasileiro, esse déficit seria de 54 bi, ou seja, o Brasil que vai bem, é o Brasil do agro.

Neste julho, os 10 campeões no aumento das exportações em relação a 2012 foram respectivamente: soja em grãos (aumentou US$ 809,8 milhões em relação a julho de 2012), carne de frango in natura (US$ 116,0 mi), carne bovina in natura (US$ 86,1 mi), farelo de soja (US$ 66,0 mi), celulose (US$ 60,9 mi), fumo não manufaturado (US$ 55,9 mi), outros couros/ peles bovinos, curtidos (US$ 23,9 mi), carne suína in natura (US$ 18,5 mi), carne de peru industrializada (US$ 16,5 mi) e  couros/ peles bovinos preparados (US$ 11,5 mi). Estes 10 juntos foram responsáveis por um aumento de aproximadamente US$ 1,27 bilhão nas exportações do agro de julho. A variação dos preços médios (US$/tonelada) foram as seguintes: outros couros/peles bovinos, curtidos (21,3%), carne de peru industrializada (15,9%), carne de frango in natura (11,1%), fumo não manufaturado (6,9%), farelo de soja (5,1%), carne suína in natura (3,2%), celulose (3,0%), couros/peles de bovinos, preparados (2,9%), soja em grãos (-0,7%) e carne bovina in natura (-2,7%). O desempenho das exportações podem ter sido fruto principalmente do aumento dos volumes exportados, do aumento nos preços dos principais produtos que cresceram suas exportações e também da diversificação de produtos e mercados nas exportações.

No cenário dos mercados de destino dos produtos do agro brasileiro, os 10 principais países que mais cresceram suas importações foram: China (US$ 417,6 milhões a mais que em julho de 2012), Hong Kong (US$ 117,2 mi), Espanha (US$ 98,9 mi), Itália (US$ 78,1 mi), Malásia (US$ 59,8 mi), Países Baixos (US$ 57,7 mi), México (US$ 53,8 mi), Canadá (US$ 53,1 mi), Portugal (US$ 43,9 mi) e Tailândia (US$ 33,1 mi). Juntos, estes dez países que mais cresceram, foram responsáveis pelo aumento de US$ 1,01 bilhão nas exportações. O Brasil também perdeu vendas em alguns mercados, com destaque para Irã (US$ 212,2 milhões a menos que em julho de 2012), Egito (US$ 135,0 mi), Coréia do Sul (US$ 84,5 mi), Estados Unidos (US$ 69,4 mi), Taiwan (US$ 49,9 mi), Rússia (US$ 46,9 mi), República Dominicana (US$ 39,1 mi), Colômbia (US$ 38,0 mi), Reino Unido (US$ 36,9 mi) e Bélgica (US$ 33,4 mi). Juntos, estes países foram responsáveis pela diminuição de US$ 745,2 milhões nas exportações brasileiras em relação a julho de 2012.

O acumulado do ano 2013 mostrou melhor desempenho que o mesmo período em 2012, com exportações do agro crescentes em relação ao ano anterior. Nota-se, assim como no ano passado todo, uma diversificação nos mercados de destino das exportações, onde países antes importantes para as exportações do agro estão saindo de cena e dando espaço para países antes menos importantes. Enfim, o país está buscando e conseguindo uma pauta cada vez mais diversificada. Temos um início de segundo semestre promissor, onde o Brasil sustenta sua posição como grande vendedor mundial de alimentos e com um saldo positivo para a balança comercial do agronegócio brasileiro e buscando garantir um saldo positivo para balança comercial do Brasil. 2013 está quente para as exportações brasileira do agro. Vamos esperar o desempenho nos próximos meses, confiando na máxima que...temos a safrinha  brasileira de milho, a moagem das usinas está a pleno vapor,  ainda temos muito produto armazenado, somando-se a isso, temos o novo câmbio na ordem de R$ 2,30 que trouxe oxigênio.

 

Compartilhar: