Exportações do Agronegócio Passam de 50% do Total Exportado

Exportações do Agronegócio Passam de 50% do Total Exportado

Por Marcos Fava Neves e Rafael Kalaki (FEARP/USP)

As exportações do agro em fevereiro chegaram a US$ 6,71 bilhões, 36,9% maiores que fevereiro de 2015 (US$ 4,90 bi). As importações do agro foram da ordem de US$ 950 milhões, diminuindo 20,8% na comparação com fevereiro de 2015. Com isto, o saldo agro foi de US$ 5,76 bi (56% maior que no mesmo mês de 2015).

Os demais produtos brasileiros fora do agro tiveram queda de 7,7% nas exportações (US$ 7,2 bi em 2015, para US$ 6,6 bi em 2016), mesmo com o câmbio bem mais favorável, o que levou a participação do agronegócio a incríveis 50,3% em relação ao total exportado pelo Brasil no mês.

O saldo da balança comercial total brasileira de fevereiro foi de US$ 3,0 bi, uma incrível recuperação frente os US$ 2,8 bi negativos em 2015 no mês de fevereiro.

Neste fevereiro, aumentos de valores exportados vieram do: milho (aumentou US$ 685,8 milhões em relação a fevereiro 2015), açúcar de cana em bruto (US$ 376,8 mi), soja em grãos (US$ 369,2 mi), celulose (US$ 146,1 mi) e suco de laranja (US$ 150,1 mi). Perdas em valores comparativos vieram de: café verde (queda de US$ 96,5 milhões), trigo (US$ 77,3 mi), óleo de soja em bruto (US$ 43,7 mi), carne de frango in natura (US$ 43,1 mi) e outros couros/peles bovinos curtido (US$ 19,9 mi).

Dentre os cinco produtos que tiveram maiores crescimentos nos valores exportados e também os que diminuíram suas exportações, em todos houveram queda nos preços exportados.

Em fevereiro nossas vendas cresceram para: China (US$ 487,3 milhões a mais que em 2015), Coréia do Sul (US$ 184,9 mi), Japão (US$ 137,7 mi), Países Baixos (US$ 103,0 mi) e Bélgica (US$ 98,7 mi). Por outro lado, caíram em Alemanha (US$ 100,0 milhões a menos que 2015), Espanha (US$ 39,9 mi), França (US$ 39,8 mi), Venezuela (US$ 35,0 mi) e Romênia (US$ 24,6 mi).

Depois de um início de ano negativo, em fevereiro nosso agro se recupera e tem um grande crescimento em relação ao mesmo mês de 2015. Grande parte se deve ao aumento das importações da China, que dobraram. Estamos confiantes na retomada das exportações em volumes e nos bons patamares de preços, uma vez que o câmbio está muito favorável ás exportações.

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