Exportações Seguem em Ritmo Forte em Setembro

Exportações Seguem em Ritmo Forte em Setembro

Marcos Fava Neves e Rafael Bordonal Kalaki

Em setembro o desempenho das exportações do agro continuou crescendo em relação ao mesmo período do ano passado. As exportações (US$ 8,9 bilhões) se comparadas com o mesmo período de 2012 (US$ 8,6 bi), aumentaram 3,3%.

O valor exportado acumulado no ano (US$ 78,0 bilhões), por sua vez, aumentou (9,5%) quando comparado com o mesmo período de 2012 (US$ 71,2 bilhões), contribuindo para um saldo positivo acumulado no ano de US$ 65,3 bilhões (10,3% maior que o mesmo período em 2012).

Se continuarmos nesse ritmo, fecharíamos 2013 com um montante de US$ 104 bi, porém cabe ter a esperança que no acumulado de janeiro-setembro de 2012 tivemos uma exportação de US$ 71,2 bi e fechamos 2012 com a incrível cifra de US$ 95,8 bilhões. Estamos acreditando agora que dá para chegar pelo menos nos US$ 105 bilhões.

Os demais produtos brasileiros fora do agro, diferente do que vem mostrando ao longo do ano, apresentaram crescimento em setembro de 6,3% nas exportações (US$ 11,3 bi em 2012, para US$ 12,0 bi em 2013), porém suas importações aumentaram 8,3%, o resultado é o aumento do impacto negativo dos produtos fora do agro na balança comercial brasileira, ajudando a assegurar uma incrível participação de 42,7% do agro nas exportações brasileiras.Apesar de um setembro bom para o agro, no acumulado do ano, a balança comercial brasileira fechou o semestre negativa em 1,6 bi, e se não fosse o agro brasileiro, esse déficit seria de 66,9 bi, ou seja, o Brasil que vai bem, é o Brasil do agro.

É mais um mês em que o agro ajuda a salvar a economia brasileira.Neste setembro, os 10 campeões no aumento das exportações em relação a 2012 foram respectivamente: soja em grãos (aumentou US$ 843,5 milhões em relação a setembro de 2012), farelo de soja (US$ 120,4 mi), carne bovina in natura (US$ 80,9 mi), celulose (US$ 60,8 mi), outros couros/ peles bovinos curtidos (US$ 36,5 mi), óleo de soja em bruto (US$ 31,1 mi), papel (US$ 20,6 mi), preparações para elaboração de bebidas (US$ 19,8 mi), couros/ peles de bovinos preparados (US$ 17,4 mi) e carne bovina industrializada (US$ 15,4 mi). Estes 10 juntos foram responsáveis por um aumento de aproximadamente US$ 1,25 bilhão nas exportações do agro de setembro.

A variação dos preços médios (US$/tonelada) foram as seguintes: preparações para elaboração de bebidas (57,0%), outros couros/ peles bovinos curtidos (12,8%), carne bovina industrializada (5,0%), celulose (1,4%), couros/ peles de bovinos preparados (1,2%), farelo de soja (-3,1%), carne bovina in natura (-3,4%), papel (-7,1%), soja em grãos (-11,1%) e óleo de soja em bruto (-22,6%). O desempenho das exportações é fruto principalmente do aumento dos volumes exportados, da cotação do dólar que superou patamares de R$ 2,30 e também da diversificação de produtos e mercados nas exportações.O

Os 10 principais produtos que diminuíram as exportações e contribuíram negativamente para a meta foram: açúcar de cana em bruto (queda de US$ 176,7 milhões), algodão não cardado nem penteado (US$ 154,8 mi), álcool etílico (US$ 148,9 mi), açúcar refinado (US$ 117,5 mi), fumo não manufaturado (US$ 82,1 mi), milho (US$ 73,8 mi), suco de laranja (US$ 68,3 mi), carne de franco in natura (US$ 58,4 mi), café verde (US$ 53,9) e carne suína in natura (US$ 32,7 mi). 

Juntos estes produtos contribuíram para a redução nas exportações na ordem de US$ 967,1 milhões.No cenário dos mercados de destino dos produtos do agro brasileiro, os 10 principais países que mais cresceram suas importações foram: China (US$ 863,9 milhões a mais que em setembro de 2012), Países Baixos (US$ 154,4 mi), Venezuela (US$ 147,1 mi), Espanha (US$ 97,0 mi), Itália (US$ 67,7 mi), Hong Kong (US$ 57,9 mi), Georgia (US$ 40,8 mi), Croácia (US$ 31,8 mi), Taiwan (US$ 26,1 mi) e Arábia Saudita (US$ 25,1 mi).

Juntos, estes dez países que mais cresceram, foram responsáveis pelo aumento de US$ 1,51 bilhão nas exportações. O Brasil também perdeu vendas em alguns mercados, com destaque para Irã (US$ 209,4 milhões a menos que em setembro de 2012), Estados Unidos (US$ 135,9 mi), Egito (US$ 97,7 mi), Malásia (US$ 78,4 mi), França (US$ 72,8 mi), Bangladesh (US$ 71,9 mi), Japão (US$ 66,2 mi), Emirados Arábes (US$ 24,3 mi), Alemanha (US$ 42,0 mi) e Rússia (US$ 38,5 mi).

Juntos, estes países foram responsáveis pela diminuição de US$ 874,1 milhões nas exportações brasileiras em relação a setembro de 2012.O acumulado do ano 2013 mostrou melhor desempenho que o mesmo período em 2012, com exportações do agro crescentes em relação ao ano anterior. Nota-se, assim como no ano passado todo e ao longo deste ano, uma diversificação nos mercados de destino das exportações, onde países antes importantes para as exportações do agro estão saindo de cena e dando espaço para países antes menos importantes, da mesma forma que produtos antes poucos representativos começam a ganhar cada vez mais espaço. Produtos importantes, que mantem um bom desempenho do agro e estão entre os 10 mais exportados, foram os que neste setembro, mais apresentaram queda comparados com setembro de 2012. Enfim, o país está buscando e conseguindo uma pauta cada vez mais diversificada.Temos um meio de segundo semestre promissor, onde o Brasil sustenta sua posição como grande vendedor mundial de alimentos e com um saldo positivo para a balança comercial do agronegócio brasileiro e lutando para garantir um saldo positivo para balança comercial do Brasil.

2013 está quente para as exportações brasileira do agro. Vamos esperar o desempenho nos próximos meses, confiando na máxima que...temos armazéns cheios de grãos para comercializar, a moagem das usinas está a pleno vapor e temos mais três meses para finalmente atingir os US$ 100 bilhões. 

 

Compartilhar: