Animais de estimação: parceiros para a preservação da nossa saúde

Animais de estimação: parceiros para a preservação da nossa saúde

De acordo com Robert Glatter, em matéria para a Forbes Saúde, um número crescente de pesquisas indica que a solidão contínua e prolongada está associada a resultados adversos à saúde, incluindo risco elevado de diabetes, hipertensão, câncer, doença arterial coronariana, depressão, ansiedade e até suicídio. O isolamento social, que está sendo utilizado para conter a pandemia do Covid-19, tem intensificado essas ocorrências.

Um estudo recente do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) apontou que os sintomas de ansiedade aumentaram quase três vezes em comparação com o segundo trimestre de 2019 e os diagnósticos de depressão quadruplicaram, com 40% dos adultos norte-americanos relatando que tiveram problemas relacionados à saúde mental ou abuso de substâncias entre abril e junho de 2020.

No Brasil, a situação não é diferente. O site Nossa Saúde informa que um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UEFJ) revelou um aumento de 90% nos casos de depressão. Já o número de pessoas com crises de ansiedade e sintomas de estresse agudo praticamente dobrou entre março e abril de 2020. Outra pesquisa, encabeçada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), demostrou que, entre maio, junho e julho do ano passado, 80% da população brasileira tornou-se mais ansiosa.

A matéria do site Nossa Saúde comenta que o cotidiano individual também adoeceu, pois diversos estudos apontam para um crescimento no consumo de bebidas alcoólicas, cigarro e comida ultra processada no período de distanciamento social. Em contra partida, hábitos saudáveis, como exercícios físicos, sono de qualidade e boa alimentação perderam terreno.

Glatter afirma que embora as reuniões virtuais e as redes sociais contribuam para aliviar a solidão durante os períodos de isolamento social, a conexão humana ao vivo é o ideal. No entanto, quando isso não é possível ou viável, os laços que as pessoas formam com os animais de estimação podem ser muito valiosos.

De acordo com os resultados de um estudo, publicado na revista “PLoS Oneuma”, ter um animal de estimação em casa é uma maneira potencial de reduzir o estresse psicológico crescente durante os períodos de isolamento social. Como somos seres sociais, precisamos de “nutrição emocional” para manter a saúde. Com base nos resultados desse estudo, que foi realizado no Reino Unido com mais de 6 mil pessoas, tudo indica que os animais de estimação podem ajudar na preservação da saúde das pessoas, tanto física quanto mental.

Reflita sobre essas informações e, caso nunca tenha utilizado, sugiro que inicie uma “zooterapia caseira”. Priscila Gorzoni, em matéria para o Viva Bem, explica que a zooterapia é uma linha terapêutica que usa animais para ajudar na recuperação de pessoas com problemas físicos, emocionais e psicológicos. Os especialistas explicam que, quando mantém contato com animais, o ser humano ativa o sistema límbico, responsável pelas emoções mais instintivas. Ocorre assim a liberação das endorfinas, gerando a sensação de tranquilidade, bem-estar, melhora da autoestima, entre outros.

Além de contribuir para a preservação, a zooterapia também pode auxiliar no tratamento de problemas de saúde. Gorzoni comenta que, em alguns hospitais, os pacientes em estados graves e terminais recebem visitas de animais e conseguem obter melhoras em seus quadros de saúde.
 

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