Como gerir um subordinado “mala”

Como gerir um subordinado “mala”

Você pode até acordar de bem com a vida e chegar feliz e motivado ao trabalho, mas só de se lembrar que terá que passar no mínimo oito horas do seu dia ao lado daquele colega insuportável, perde a disposição. Segundo o site UOL, vários especialistas no mundo corporativo defendem a seguinte ideia: quando há um funcionário-problema no grupo, todos são prejudicados, ou pior: contagiados. "Há uma tendência de contratação pela capacidade técnica, mas o comportamento dos funcionários gera reflexos positivos e negativos na equipe e na corporação”, diz Carlos Ferreira, diretor executivo da 4hunter, empresa especializada em recrutamento e gestão de carreira.

Segundo o diretor da consultoria JCI Acquisition, José Carlos Ignácio, os funcionários-problema podem reduzir a produtividade e a motivação de todos, e a equipe pode julgar mal o trabalho do chefe que não faz nada a respeito. "Cada funcionário espera que o gestor seja capaz de planejar, dividir e cobrar as tarefas", diz ele. "Não há funcionário ruim, há má gestão".

Para Ignácio, a existência desse tipo de profissional parte de um recrutamento malfeito, sem dinâmicas de grupo e entrevistas adequadas. Há algumas explicações para que ele aja dessa maneira. Entre elas o consultor cita divisão desproporcional do serviço, despreparo do indivíduo e da equipe para executá-lo, falta de orientação (o que deixa o funcionário sem saber o que é esperado dele), ou ainda falta de supervisão. Acesse o link apresentado na sequência para conhecer os cinco perfis de funcionários que prejudicam o ambiente de trabalho:

https://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2012/08/06/funcionarios-problema-prejudicam-toda-a-equipe-conheca-cinco-perfis-e-saiba-como-agir.htm

A demissão deve ser encarada como a última alternativa. O ideal é chamar o funcionário para uma conversa, assim o chefe pode dizer o que espera dele e ouvir as justificativas do subordinado. “Pode ser uma pessoa que sempre deu bons resultados e apenas está num mau momento. O que é melhor para a empresa? Contratar e treinar outro funcionário ou passar por esse momento com ele?", pergunta Carlos Ferreira.

A conversa deve propor um acordo de expectativas, negociando prazos, postura e volume de trabalho. "É uma última chance", diz José Carlos Ignácio. Se ele não melhorar ou se esforçar, é hora de pensar em uma transferência de departamento ou demissão.

Se o chefe não conseguir avaliar a razão para o funcionário ter esse comportamento, é importante pedir intervenção da área de recursos humanos da empresa. "Se assumir toda a responsabilidade sozinho, o gestor pode ser leviano ou tomar uma atitude drástica, quando o problema pode ser apenas uma falta de alinhamento de ideias”, diz Fábio Cunha, diretor de recursos humanos da Michael Page, empresa de consultoria especializada em recrutamento.
 

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