Diferenças entre homens e mulheres na vida corporativa

Diferenças entre homens e mulheres na vida corporativa

Uma pesquisa realizada pela RingCentral mostra algumas das diferenças mais importantes na comunicação e no comportamento das mulheres e dos homens no ambiente de trabalho. A partir dessas informações, segundo Reinaldo Polito, talvez seja possível compreender como se dá essa convivência e o que poderia ser feito para melhorar o relacionamento.

Embora a pesquisa não mencione se os resultados ocorrem independentemente de o supervisor direto ser homem ou mulher, Polito comenta que é possível deduzir que não haja diferença, pois se fossem apenas homens, provavelmente, esse fato teria sido mencionado. Esse estudo permite deduzir que, além de as mulheres terem de vencer as barreiras culturais impostas ao longo da história, também precisam enfrentar pressões peculiares no relacionamento na vida corporativa.

Para o desenvolvimento de suas atividades, homens e mulheres precisam se sentir apoiados pelo chefe. É com esse apoio que um profissional encontra tranquilidade para tomar decisões, realizar tarefas e resolver problemas. Ainda que cometam equívocos, se puderem contar com a compreensão do chefe, se sentirão mais confiantes e menos pressionados.

O resultado da pesquisa mostra que 50% dos homens se sentem apoiados pelo chefe, enquanto esse apoio é sentido por apenas 39% das mulheres. É uma diferença bastante sensível, que pode tornar as mulheres mais inseguras para executar suas tarefas. Quando o assunto é o sentimento de amizade, a diferença também é bastante significativa. Enquanto 56% dos homens veem no chefe um amigo, somente 47% das mulheres têm esse mesmo sentimento. Tal condição poderá ser prejudicial às mulheres quando precisam tratar de temas que envolvam aspectos emocionais. Se subirmos a análise para o relacionamento com o CEO ou o presidente da empresa, o sentimento de amizade é baixo tanto para os homens (28%), quanto para mulheres (21%).

Um resultado curioso da pesquisa é o desconforto que os profissionais sentem quando enfrentam divergências com o chefe. Se a discussão é isolada do grupo, apenas entre chefe e subordinado, 17% dos homens se sentem mais desconfortáveis, enquanto esse desconforto é maior para 30% das mulheres. Se, entretanto, a divergência ocorrer na frente dos colegas, 45% dos homens se sentem mais desconfortáveis, enquanto o percentual para as mulheres sobe para 62%. Ou seja, as mulheres se sentem sempre menos à vontade que os homens para tratar de divergências com o chefe, e diante de um grupo de colegas essa situação torna-se ainda mais sensível.

Outros dados interessantes da pesquisa mostram que 16% dos homens se sentem desconfortáveis para propor ideias arriscadas, enquanto esse percentual chega a ser de 29% para as mulheres. Para discutir finanças, o desconforto ocorre para 52% dos homens e para 60% das mulheres.

As mulheres também se sentem mais desconfortáveis que os homens para discutir salários e benefícios. No caso dos homens, o percentual é de 47%, e para as mulheres 54%. Polito conclui que a pesquisa elaborada pela RingCentral pode ser esclarecedora. O resultado talvez ajude os gestores a trabalhar no sentido de diminuir essa diferença, ou, quem sabe, no futuro eliminá-la de vez. Quando homens e mulheres se sentirem mais confortáveis para se aproximar dos chefes e tratar com mais confiança as divergências que surgem com frequência no dia a dia, melhores serão os resultados e mais positiva será a produtividade.

Fonte: https://economia.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/reinaldo-polito/2019/06/11/pesquisa-comportamento-homens-mulheres-ambiente-trabalho.htm
 

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