Diversidade geracional: um desafio para os gestores

Diversidade geracional: um desafio para os gestores

Segundo Luisa Costa, em matéria para a Você RH, oito em cada dez gestores enfrentam dificuldades quando o assunto é gerir uma equipe com pessoas de diferentes gerações. É o que concluiu a segunda edição da pesquisa “Panorama de Sentimentos das Lideranças”, realizada pela escola corporativa Sputnik.

O levantamento ouviu 300 líderes que trabalham em segmentos diversos, como indústrias farmacêuticas, alimentícias e de vestuário. Metade dos respondentes trabalha em empresas com mais de cem colaboradores, e a maioria (63%) era de gerentes, coordenadores e business partners.

Liderar não é fácil, ainda mais quando se tem 4 gerações (Boomers, X, Y e Z) envolvidas em um mesmo projeto, comenta o site Mundo RH. Nesse contexto há valores, culturas, ritmos, interesses e entendimentos distintos. Essa é a realidade que vivemos hoje. E cada vez é mais comum gerenciar problemas, como boomers resistentes a responderem hierarquicamente à geração Y. Ou, por outro lado, jovens apoiados no etarismo, convictos de que a idade é um limitante no desempenho profissional.

Os sinais de alerta de que uma equipe está em conflito são vastos. Alguns exemplos são quando começam a surgir jargões do tipo “essa turma já não aprende mais nada”, em relação aos 40+, ou “esse pessoal é muito mimizento” com relação aos 30-. “Os estereótipos que cercam cada geração podem gerar decisões equivocadas e perdas de oportunidade”, afirma Claudio Moreira, palestrante, trainer de equipes e professor da Escola Conquer no curso de Liderança e Grow Your Business.

“O fato é que nunca tivemos tantas idades em um mesmo cenário profissional e isso pode ser muito agregador se o líder souber orquestrar a diversidade. É fácil? Não, mas absolutamente possível de aprender e intensamente necessário para sobreviver as próximas décadas profissionais”, afirma o site Mundo RH.

Mariana Achutti, CEO da Sputnik, defende que, para mitigar o problema, é interessante recorrer a uma narrativa de “encontro geracional”. Colocar pessoas de diferentes idades para trabalhar juntas em um projeto, estimulando a convivência; recorrer aos pontos fortes de cada faixa etária, e investir em estratégias para essa diversidade – como adotar um manual antietarismo ou promover treinamentos de conscientização sobre o tema.

“É evidente que as necessidades individuais evoluíram, refletindo diretamente nas demandas do ambiente de trabalho. Para garantir sua longevidade e alcançar resultados excepcionais, é imprescindível que as empresas invistam na capacitação de suas lideranças, aproximando-as dos colaboradores e promovendo uma compreensão aprofundada das distintas características e necessidades das diversas gerações. Há, inegavelmente, mais pontos de convergência do que divergência entre as gerações, mas é essencial cultivar e valorizar essas conexões. Treinamento e Capacitação é o que vai trazer os melhores resultados”, conclui Fabíola Molina, mestre em Psicologia pela USP e consultora de carreira e performance profissional.

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