Headhunters: os caçadores de talentos

Headhunters: os caçadores de talentos

Segundo a Fundação Instituto de Administração (FIA), traduzido do inglês de forma literal, headhunter significa algo como “caçador de cabeças”. Embora não faça muito sentido na língua portuguesa, o termo “cabeça” se refere ao topo, ressaltando que o hunter procura por profissionais para assumir cargos de nível hierárquico mais alto.

Há um consenso de que essa posição de recrutador surgiu entre os anos 1950 e 1960 na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, para suprir a carência de novas empresas por gerentes. As companhias encontravam dificuldades para recrutar profissionais adequados às posições de liderança, essenciais para negócios bem-sucedidos.

Portanto, a FIA comenta que tais companhias recorriam a consultores experientes, que conheciam bem o mercado e tinham uma ampla rede de contatos, para encarregá-los da busca. Com o passar do tempo, o trabalho do recrutador sofreu mudanças, sempre em busca de selecionar profissionais especializados e de alta performance, chamados de talentos. Daí veio uma descrição mais alinhada ao dia a dia do headhunter: caça-talentos.

O profissional que atua nessa atividade, normalmente um especialista na área de recrutamento e seleção, fará o papel de intermediário entre a empresa e o candidato, encontrando o perfil ideal, trabalhando para atrair essa pessoa para a vaga disponível e negociando os detalhes até o final do processo de contratação.

Contratando uma consultoria, um profissional autônomo ou prestador de serviços de headhunting, as organizações economizam recursos valiosos, como tempo e dinheiro. Isso porque, de acordo com a FIA, a busca pelo candidato adequado se torna mais ágil e menos dispendiosa, pois o caçador de talentos é uma pessoa bem-relacionada e cultiva uma rede de contatos que simplifica o encontro com a pessoa ideal.

Uma das diferenças no recrutamento feito pelo headhunter é que, por ser muito específico, pode durar mais tempo que o comum, de um mês a um ano, sendo a média de três meses. Nas entrevistas, comenta Marcelo Aprígio em matéria para o Jornal do Commercio, além do histórico, faz parte questionar sobre resultados que já foram obtidos, olhar a capacidade de liderança e se os valores do candidato estão alinhados aos da empresa.

Para quem quer ser visto por eles, Fábia Junqueira, que foi recrutada por um headhunter e hoje trabalha em uma grande empresa do ramo de logística, afirma que uma das principais fontes de pesquisa são as redes sociais, principalmente o LinkedIn, que é voltado para a carreira. “Foi assim que fui recrutada. Os headhunters procuram o perfil, descobrem uma pessoa e vão atrás de mais informações. Por isso, a dica que dou é: mantenha seu LinkedIn atualizado”, aconselha, lembrando da importância em se criar e manter o networking.

“Entender a demanda da empresa por esse ou aquele profissional nunca foi uma tarefa fácil. Portanto, é imprescindível um desenho de perfil muito bem traçado. Remuneração atrativa e pacote de benefícios que ‘seduzam’ o profissional cobiçado para o desafio também são fatores chave para atrai-lo. É importante destacar que, depois que o profissional talentoso é contratado, surge uma tarefa bem mais difícil, que depende da própria empresa: retê-lo na equipe”, afirma Ruxdi Saleh – Consultor e Diretor Comercial na Corporate Recursos Humanos.

Compartilhar: