Liderando com energia e alegria

Liderando com energia e alegria

Em todo grupo de pessoas, invariavelmente, haverá um líder. Não importa qual o contexto, a época ou o grupo social, é da natureza humana procurar por referências que indiquem caminhos e ajudem a melhorar seu desempenho. Esse é o papel da liderança. No mundo dos negócios, não é diferente. Porém, dada a complexidade do mundo em que vivemos, exige-se cada vez mais do líder. Desempenhar esse papel em alta performance é um desafio constante e que requer aprimoramento contínuo.

Esse é o pensamento central de Tom Peters, considerado pelo Los Angeles Times o “pai” da empresa pós-moderna. Ao longo de sua carreira, Peters, provavelmente, fez mais do que qualquer outra pessoa para expandir o debate sobre gestão (outrora confinado aos conselhos de administração, à academia e às empresas de consultoria) para um público cada vez maior, ao redor do mundo, onde se tornou a dieta básica tanto da mídia como dos gestores. Ele é autor de alguns dos best-sellers da história da administração, com mais de seis milhões de livros vendidos em todo o mundo.

“Qual a definição de líder? O líder é aquele que traz energia e alegria ao negócio. Um bom líder trata sua equipe como se fosse seu cliente, mantendo todos satisfeitos. A partir do momento em que você decide se tornar um líder, precisa se tornar também um desenvolvedor de pessoas. Converse com gente diferente de você, que tenha ideias diferentes e absorva sempre o máximo possível. Estar ciente de você mesmo e de como afeta todos ao redor é o que o distingue como um líder superior”, afirmou Peters, quando esteve em São Paulo, participando de um fórum promovido pela HSM.

O que Peters quer dizer, nesse caso, é que a liderança tem a ver com troca de informações e observação do ambiente. São habilidades que podem ser treinadas e desenvolvidas. O mesmo vale para as equipes, que devem estar, constantemente, aprimorando-se. “O investimento em treinamento não é uma coisa para ser deixada na mão de equipes intermediárias. O líder precisa estar diretamente envolvido. Isso não pode ser visto como gasto, porque é um investimento”, afirma Peters.

É uma linha de raciocínio também seguida por Tamara Erickson, professora na London Business School. De acordo com ela, as organizações precisam eliminar os estereótipos de julgamento e focar no que as pessoas podem produzir de melhor e mais original, ou seja, liderança nada mais é do que desenvolver pessoas. “Temos que reconhecer a diversidade das preferências e formular abordagens customizadas. Apreciar a legitimidade fundamental e os benefícios de pontos de vista alternativos também são temas importantes”, avalia Tamara.

Fonte: Revista Administrador Profissional / Ano 38 / nº 346

Compartilhar: